Bolsonaro fará visita a Pernambuco, após denúncia da PGR no STF

Aliados do ex-presidente Bolsonaro informaram nesta quarta-feira que o líder do PL estará em Pernambuco, na próxima semana, para uma agenda extensa no Estado.

Na véspera, o ex-presidente foi denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria Geral da República (PGR), por suposto golpe de Estado.

A agenda foi divulgada pelo ex-ministro do Turismo Gilson Machado, além do deputado estadual Alberto Feitosa.

Pelo roteiro, o ex-presidente chega no começo da manha ao Aeroporto dos Guararapes e de lá segue para tomar café da manha na Padaria Boa Viagem.

No começo da tarde, está prevista uma viagem para a cidade de Carpina, na Usina Petribu, em um gesto com o setor do agronegócio, no evento que marca o fim da safra de cana de açucar.

O último compromisso oficial será na mesma tarde, na Câmara de Vereadores de Vitória de Santo Antão. Desde as eleições de 2022, conforme já informou o site Jamildo.com, naquele ano, especulou-se a concessão de um título de cidadão a Bolsonaro por um vereador local. O autor da proposta é o vereador Marcos da Prestação, do PL. O objetivo é prestar solidariedade política ao ex-presidente, no momento em que é alvejado pela ação da PGR.

A visita também ocorre no momento em que pesquisas de opinião dão conta que ele poderia bater Lula, em um eventual confronto em 2026. Bolsonaro está inelegível, de acordo com decisão do TSE.

O Nordeste é a única região que ainda segura as intenções de voto em Lula, de acordo com sondagens como Datafolha e Paraná Pesquisas.

Ação da PGR no STF

Nesta terça-feira, com alarde, a Procuradoria-Geral da República apresentou uma denúncia formal contra Bolsonaro e 33 de seus aliados por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

A denúncia tem 272 páginas e acusa Bolsonaro de liderar uma organização criminosa armada e de tentar abalar o Estado Democrático de Direito.

A denúncia foi apresentada pelo procurador-geral Paulo Gonet e será analisada pela Primeira Turma do STF, presidida pelo ministro Alexandre de Moraes.

Se a denúncia for aceita, Bolsonaro e os demais acusados se tornarão réus e responderão penalmente no STF.