Após polêmicas, João Campos pedirá retirada de propagandas de bets de locais com foco em menores de idade

Após as críticas de deputados sobre a presença de propagandas de casas de apostas online em parques do Recife, a Prefeitura da cidade respondeu ao questionamento do Jamildo.com, explicando a situação. 

A Prefeitura do Recife (PCR) informou que já notificou a concessionária responsável pela gestão de quatro parques da cidade para que retire as publicidades de empresas de apostas ("bets") de espaços "majoritariamente frequentados por menores de idade".

Na nota enviada ao Jamildo.com, a prefeitura esclareceu que a gestão de quatro dos 19 parques da cidade (Jaqueira, Santana, Apipucos e Dona Lindu) é mantida pela iniciativa privada desde março de 2025. Essa concessão, válida por 30 anos, prevê um investimento de R$ 413 milhões.

Segundo a PCR, o modelo de negócio "prevê a captação de patrocínio de marcas que permitam sustentar financeiramente os investimentos projetados, incluindo as bets, que foram legalizadas recentemente no Brasil".

A polêmica começou na quarta-feira (12), quando o deputado Renato Antunes (PL) usou a tribuna da Alepe para reclamar da presença de placas de publicidade das bets no Parque Dona Lindu e em praças da Zona Norte. Ele classificou a situação como "vergonhosa", afirmando que adolescentes estavam sendo expostos ao vício.

O parlamentar vinculou a publicidade à lei sancionada por João Campos (PSB) em março, que reduziu o ISS das empresas de apostas de 5% para 2%. Antunes afirmou que a medida transformou o Recife na "Las Vegas do Capibaribe".

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A líder do governo na Alepe, Socorro Pimentel (União Brasil), também criticou a pauta, alertando que as plataformas geram "endividamento, ansiedade, depressão" e que "gestores públicos" estariam tratando as bets como "aliadas".

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Na ocasião, o líder do PSB, Sileno Guedes, rebateu as críticas, classificando-as como "dor de cotovelo" e "falta do que mostrar" da gestão estadual. Sileno contra-atacou cobrando as "60 mil vagas de creche prometidas" por Raquel Lyra, das quais "não tem nenhuma aberta".