Jamildo Melo | Publicado em 06/11/2024, às 14h38
O site Jamildo.com cobriu no começo do ano, sempre em primeira mão, o embate entre a governadora Raquel Lyra (PSDB) e o prefeito João Campos (PSB), em torno da devolução de servidores estaduais cedidos às prefeituras municipais.
O embate começou na esfera administrativa, passou pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e foi parar no TJPE.
A governadora Raquel Lyra tomou uma invertida do Tribunal de Contas do Estado (TCE) no inicio do ano, mas o mesmo TCE disse, na época, que os servidores estaduais só deveriam ficar até 31 de dezembro.
A data se aproxima. João Campos pode ter ganho outro mandato no Recife, mas terá que cumprir a decisão. A menos que busque nova judicialização, algo que parece difícil de acontecer.
Assim, o prazo dado pelo TCE está acabando e Raquel Lyra poderá mandar os servidores voltarem, ao Estado.
Na lista de servidores cedidos, consta até a todo poderosa secretaria de Finanças, Maíra Fischer, que chegou a ser cotada como vice prefeituravel.
Outro nome de relevo é o secretário de educação do Recife, Fred Amâncio, ex-secretário de Educação do Estado também, nas gestões socialistas.
Além de vários outros postos estratégicos menos cotados.
O cumprimento da decisão do TCE assim deve movimentar a composição do novo secretariado de Joao Campos, no segundo mandato.
No ano passado ainda, o Estado, através de ofício-circular, edital e atos administrativos, determinou a devolução, em trinta dias, de todos os servidores estaduais cedidos para prefeituras.
Vários prefeitos reclamaram, inclusive João Campos.
A Prefeitura do Recife, por exemplo, teria que perder quatro secretários municipais, que são servidores estaduas cedidos, além de vários servidores em cargos estratégicos de segundo escalão.
Em janeiro de 2024, a Prefeitura do Recife fez uma denúncia ao procurador Gustavo Massa, do Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPC-PE).
O procurador Gustavo Massa atendeu o pedido da gestão João Campos e pediu uma cautelar ao TCE para suspender os atos da governadora que determinaram a volta dos servidores.
Em fevereiro, o TCE, através do conselheiro Eduaro Lyra Porto, concedeu a cautelar, suspendendo a devolução dos servidores até 31 de dezembro, término do mandato dos atuais prefeitos.
A cautelar foi posteriormente confirmada em votação no plenário do TCE. A governadora recorreu então ao TJPE, com um mandado de segurança. O desembargador Josué Antônio Fonseca de Sena negou a liminar pedida pelo Governo do Estado.
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