Alepe vota projetos de Raquel Lyra em corrida contra recesso parlamentar; polêmicas continuam fora

Cynara Maíra | Publicado em 15/12/2025, às 07h53 - Atualizado às 08h26

Alepe começa a votar projetos enviados pelo Governo Raquel Lyra. Assembleia também precisa aprovar acordo com o TCE para evitar problemas do orçamento. Pautas de impasse continuam fora até acordo entre partes - SECOM/ GOVERNO DE PERNAMBUCO
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A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) inicia nesta segunda-feira (15) uma corrida contra o tempo para limpar a pauta de votações antes do recesso parlamentar, que começa oficialmente no dia 23 de dezembro.

Apesar da ordem do dia desta segunda conter diversos projetos, os itens de maior tensão entre o Legislativo e o Governo do Estado continuam fora da pauta oficial. Seriam eles o pedido de empréstimo de R$ 1,7 bilhão e o aumento do valor das emendas parlamentares. 

A estratégia da Casa é votar, em sessões ordinárias e extraordinárias, matérias com consenso ou prazos fatais impostos pela justiça, enquanto as negociações de bastidores tentam destravar o "pacote de bondades" e o Orçamento de 2026 (LOA).

O que está na pauta desta segunda é: 

O acordo com o TCE e o risco do STF para Alepe

Entre os itens prioritários que vão a plenário hoje está a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 30/2025. O texto garante a divisão do orçamento estadual (duodécimo) entre a Assembleia e o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE).

A proposta prevê que, dos 3% da Receita Corrente Líquida para os órgãos, 1,60% fiquem com a Alepe e 1,40% com o TCE. Caso não aprove a tempo, a Assembleia arrisca sofrer uma derrota no Supremo Tribunal Federal (STF), onde uma ação relatada pelo ministro Gilmar Mendes questiona o repasse e pode retirar uma fatia ainda maior dos recursos dos deputados em favor do Tribunal de Contas.

O que trava a pauta: Emendas e Empréstimo

Com interesses divergentes, os políticos estão em um impasse político. A governadora Raquel Lyra (PSD) precisa da aprovação do empréstimo de R$ 1,7 bilhão e da Lei Orçamentária Anual (LOA), os deputados de oposição exigem o aumento das emendas parlamentares impositivas.

A Alepe quer elevar o teto das emendas para 1,55% da Receita Corrente Líquida já em 2027. O Palácio do Campo das Princesas propõe um escalonamento mais lento, atingindo esse patamar apenas em 2030.

Para tentar um "armistício", deputados devem tentar negociar novamente termos de um acordo, a ideia seria votar os projetos da gestão em troca de um aumento nas emendas e a assinatura de um decreto que permitiria ao Legislativo remanejar seu próprio orçamento de 2025 para cobrir despesas com pessoal.

O prazo solicitado pelos deputados venceu na sexta-feira, mas o Governo sinalizou que só editará o decreto após a aprovação de seus projetos de interesse.

Raquel Lyra alepe

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