Yan Lucca | Publicado em 18/07/2024, às 16h38
Jornalista, político brasileiro, atual presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e futuro escritor. A trajetória de Ricardo Garcia Cappelli como interventor federal designado pelo presidente Lula da Silva (PT), no contexto dos ataques as sedes dos três poderes ocorridos em 8 de janeiro de 2023, ganhará um livro.
Cappelli antecipou com exclusividade ao Jamildo.com que está trabalhando em um livro que será lançado até o final deste ano, contando os bastidores de sua atuação como interventor no Distrito Federal.
Oriundo do movimento estudantil, Ricardo foi presidente da União dos Estudantes e já ocupou diversos cargos públicos.
"É inaceitável que em pleno século XXI pessoas se organizem, se preparem para tentar atacar os três poderes, depredar a sede dos três poderes, como fizeram no dia oito [de janeiro de dois mil e vinte e três]. Então o vilão é a intolerância, é o ódio, é o ataque à democracia brasileira", afirmou Cappelli em entrevista exclusiva ao Blog do Jamildo.
Natural do Rio de Janeiro, Cappelli é jornalista por formação no Centro Universitário Euroamericano. Trabalhou como assessor de comunicação, foi Coordenador Especial de Políticas Públicas para Juventude do Governo do Estado do Rio de Janeiro de 1999 a 2002.
Saiu candidato em 20o2, pelo PC do B, ao cargo de deputado estadual, mas não foi eleito.
Durante o governo Lula 3, atual ao lado do recém-anunciado Ministro da Justiça, Flávio Dino. Cappelli foi anunciado secretário-executivo do ministério.
Durante os ataques de 8 de janeiro, Ricardo foi nomeado pelo próprio presidente Lula interventor federal na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF).
No mesmo ano, em 19 de abril, assumiu, interinamente, o cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Em 2024, Cappelli recebeu o convite do vice-presidente Alckmin (PSB), para assumir a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial pelo mandato de quatro anos.
No fim da manhã de 8 de janeiro de 2023, a história da democracia brasileira estava perto de testemunhar uma série de atos antidemocráticos praticados por radicais bolsonaristas que não aceitavam o resultado da eleição que tornou Lula presidente pela terceira vez e Bolsonaro o primeiro presidente que não logrou êxito na reeleição.
No começo da tarde daquele mesmo dia, conforme a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos do Dia 8 de janeiro, 5.500 apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e destruíram os prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal em Brasília.
Diante da ineficiência dos poderes responsáveis pela segurança, as consequências dos ataques rederam fachadas pichadas, móveis quebrados, obras de arte rasgadas e salas reviradas. A polícia tentou conter a multidão, mas as invasões não puderam ser evitadas.
O presidente Lula da Silva (PT) decretou intervenção federal para assumir a segurança pública do Distrito Federal até o dia 31 de janeiro. O saldo deixado pelo evento conhecido como "8 de janeiro", apontam observadores da política nacional, foram as reflexões sobre a democracia e suas fragilidades.
Naquele mesmo dia, direto dos Estados Unidos, o ex-presidente Bolsonaro publicou uma nota condenando os ataques no DF.
Jamildo.com é editado pelo jornalista Jamildo Melo, especializado em política e economia, que foi titular do blogdejamildo.com.br no Jornal do Commercio.
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