Cynara Maíra | Publicado em 27/12/2025, às 13h04 - Atualizado às 13h16
O motorista pernambucano deve iniciar 2026 pagando mais caro para abastecer. O Sindicombustíveis-PE emitiu um alerta para revendedores e consumidores sobre uma combinação de fatores que pressionará os preços nas bombas já na virada do ano.
Segundo a entidade, o aumento decorre de um reajuste de mercado praticado pelas distribuidoras nos últimos dias e a entrada em vigor das novas alíquotas do ICMS a partir de 1º de janeiro de 2026.
O sindicato relatou que, na última semana de 2025, as distribuidoras elevaram os preços da gasolina, do diesel e do etanol em cerca de 5%.
O movimento ocorreu sem qualquer anúncio oficial da Petrobras. Como o mercado brasileiro é livre em todas as etapas da cadeia, as empresas têm autonomia para alterar os valores com base na dinâmica de oferta e demanda, independentemente da estatal.
Além do encarecimento no repasse das distribuidoras, o preço final será impactado pela mudança na cobrança tributária. O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) aprovou o aumento do ICMS monofásico em todo o país.
A partir de quarta-feira (01), os valores fixos do imposto sobem:
Gasolina: A cobrança passa de R$ 1,47 para R$ 1,57 por litro (aumento de R$ 0,10).
Diesel: O valor sobe de R$ 1,12 para R$ 1,17 por litro (aumento de R$ 0,05).
GLP (Gás de Cozinha): A alíquota vai de R$ 1,39 para R$ 1,47 por kg.
Esta é a segunda alta consecutiva do imposto, que já havia sofrido reajuste em fevereiro de 2025. O presidente do Sindicombustíveis-PE, Alfredo Pinheiro Ramos, classificou a medida como uma necessidade fiscal dos estados, mas lamentou o impacto no setor varejista.
A pressão sobre os custos ocorre em um cenário de inflação sensível. Em dezembro, o etanol já liderava as altas nacionais devido ao fim da safra de cana-de-açúcar.
O sindicato orientou os donos de postos a revisarem estoques para evitar prejuízos na virada do ano.
A entidade indica que o repasse ao consumidor dependerá da estratégia comercial de cada posto e da concorrência local, mas admite que a pressão sobre as margens torna a manutenção dos preços atuais improvável.
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