Yan Lucca | Publicado em 19/12/2024, às 14h23
O Programa Bolsa Família consolidou como principal programa de distribuição de renda no combate à fome e à pobreza em 2024, beneficiando 20,86 milhões de famílias em todos os municípios brasileiros. Ao longo do ano, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) transferiu R$ 168,3 bilhões — cerca de R$ 14,02 bilhões mensais — por meio do programa.
A Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc) reforçou os pilares do Bolsa Família: renda, educação, saúde e assistência social. Em 2024, o programa priorizou mulheres, crianças e populações vulneráveis, como indígenas, quilombolas e pessoas em situação de rua.
O Bolsa Família atendeu 32 milhões de mulheres e meninas, representando 58,2% do público beneficiado. Das famílias contempladas, 83,27% são chefiadas por mulheres – um total de 17,3 milhões de lares.
Em 2024, 911,9 mil gestantes receberam o Benefício Variável Familiar (BVF) de R$ 50, totalizando R$ 515,4 milhões em repasses. Um benefício semelhante foi destinado a 436 mil nutrizes, com um investimento de R$ 252,5 milhões.
Além disso, o programa contemplou 24,86 milhões de crianças e adolescentes entre 7 e 18 anos com adicionais de R$ 50 mensais, somando R$ 24,45 bilhões no ano. Já para 9,4 milhões de crianças de até 6 anos, foram destinados R$ 150 mensais, totalizando R$ 15,9 bilhões.
A retomada das condicionalidades foi um marco em 2024. Cerca de 28,2 milhões de crianças e mulheres beneficiárias tiveram acompanhamento de saúde, incluindo vacinação, enquanto 570 mil gestantes acessaram o pré-natal — quase 100% das grávidas registradas no programa.
No campo educacional, 16,49 milhões de crianças e jovens tiveram assistência escolar, contribuindo para reduzir a evasão e o abandono escolar.
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Entre os beneficiários, 39,6 milhões de pessoas pretas ou pardas, representando 73% do total, receberam o benefício. Além disso, o programa assistiu 274 mil famílias quilombolas, 238 mil indígenas, 400 mil catadores de material reciclável e 237 mil famílias em situação de rua.
A regra de proteção, implementada em 2024, beneficiou 2,7 milhões de famílias que tiveram aumento de renda, mas continuam recebendo 50% do benefício por até dois anos.
“O Bolsa Família aquece a economia local, gera oportunidades e mostra que a população beneficiada busca melhorar de vida, qualificação profissional e empregabilidade”, destacou Eliane Aquino, secretária nacional de Renda de Cidadania do MDS.
Em 2024, o Bolsa Família também foi fundamental para proteger famílias em mais de mil municípios afetados por desastres climáticos. No Rio Grande do Sul, atingido pelo maior desastre climático de sua história, o MDS unificou o calendário de pagamentos e garantiu proteção social adaptativa.
“Uma coisa que tem dado certo para nós é o pagamento do Bolsa Família. É gratificante saber que um programa dessa dimensão conseguiu dar o suporte necessário às famílias atingidas”, declarou Edgar Vargas, coordenador estadual do Cadastro Único e Bolsa Família no RS.
Com ações como essas, o Bolsa Família reafirma seu papel como ferramenta essencial no combate à pobreza, na promoção da inclusão social e na garantia de direitos básicos para milhões de brasileiros.
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