Jamildo Melo | Publicado em 02/08/2024, às 16h09
O secretário de Planejamento de Pernambuco, Fabrício Marques, conversou com a reportagem do Blog de Jamildo, para comentar os resultados da pesquisa de opinião da Quaest, comparando no Nordeste as gestões de Pernambuco e Bahia.
No levantamento, os dados da pesquisa Quaest apontam melhora na avaliação do governo Raquel Lyra, que aparece com uma aprovação de 53% e uma reprovação de 42%. No entanto, Raquel Lyra aparece com a menor aprovação em relação aos demais. Goiás, com 86%, lidera a aprovação, seguido por Paraná, com 79%, e Bahia, com 63%. São Paulo e Minas Gerais aparecem empatados, com 62%.
A primeira observação de Fabrício Marques foi a justeza da comparação, no Nordeste, com a Bahia, considerando que os demais estados da mostra são todos ricos, dependentes do agronegócio. "Em Estados como o Paraná não há desemprego, então o governo não é tão demandado (como aqui). O Paraná, por exemplo, é o maior produtor de alimentos, não tem nem mão de obra para os empregos que tem", destaca.
Ao comparar diretamente os números dos setores avaliados, Fabrício Marques observa que temas como educação e habitação, transporte público, saúde e segurança pública estão no mesmo patamar. No caso de Pernambuco, até a avaliação da geração de emprego é maior (39% de avaliação positiva aqui e 33% na Bahia).
O que explicaria então a diferença de dez pontos em favor da gestão baiana?
"O que está muito diferente, entre os dois estados, é o setor de infraestrutura e mobilidade. Na Bahia, a avaliação positiva chega a 52% e em Pernambuco apenas 34%. O governo lá está a 18 anos no poder, investindo forte nesta área", explica.
"A explicação é simples: nos últimos anos, de 2015 para cá, o Estado não investiu nem para cobrir a depreciação. São exemplos a infraestrutura de rodovias urbanas e mobilidade. A nossa resposta vai ser enfrentar o desafio de recuperar a infraestrutura", observa.
"Neste ano, até junho, o Estado já investiu R$ 1 bilhão só no primeiro semestre. Foi o maior investimento já realizado para um primeiro semestre nos últimos dez anos"
"As estradas já estão acontecendo. Na virada do ano ou no primeiro trimestre do ano que vem, teremos um amplo cardápio de obras já maturadas. Neste momento, já estamos em um nível de no mínimo R$ 250 milhões por mês de investimentos. Isto não acontecia há um bom tempo. Comparativamente, até junho do ano passado, o Estado só tinha investido R$ 458 milhões. Na gestão Paulo câmara, teve ano que eles investiram menos de R$ 500 milhões. Neste governo, quando fecharmos a conta de julho, vamos ter triplicado este número, de R$ 500 milhões em um ano para R$ 1,3 bilhão até julho", compara.
Na decomposição destes números, Fabrício Marques calcula que cerca de R$ 700 milhões são do DER, SEDUH, COMPESA e gastos em infra e mobilidade. Na área de educação, ele calcula outros R$ 300 milhões. Em habitação mais R$ 250 milhões.
Beneficiando-se da economia nacional, que ajuda o Nordeste registrar a abertura de mais empregos do que o Pais, Fabrício Marques se arrisca a fazer uma provisão de que Pernambuco deverá ter a maior geração de empregos formais, excetuando 2021, logo depois da pandemia, quando foram gerados 100 mil empregos com a volta à produção.
"Agora em julho, em comparação a julho de 2023, tivemos mais de 62 mil empregos formais criados, com um crescimento de 4,5% da base formal", comemora.
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