Plantão Jamildo.com | Publicado em 16/10/2025, às 14h10 - Atualizado às 14h13
A Central de Abastecimento de Pernambuco (Ceasa-PE) chega aos 63 anos, nesta quarta-feira (16), com uma série de mudanças voltadas à modernização da infraestrutura e à reorganização dos serviços. A autarquia, considerada a mais antiga do país, vem executando nos últimos anos medidas voltadas à eficiência administrativa, segurança operacional e sustentabilidade ambiental.
Entre as intervenções recentes está a requalificação da rede elétrica do entreposto, que recebeu dez novos geradores de 500 kVA e um plano permanente de manutenção. A medida reduziu quedas de energia e garantiu mais estabilidade à operação.
A balança de pesagem de caminhões foi substituída por um modelo eletrônico, homologado pelo Inmetro e pelo Ipem, com capacidade para até 100 toneladas. O equipamento será integrado ao sistema Romaneio Express, ainda em fase de testes, que permitirá o acesso automatizado de veículos de carga e o controle digital de pagamentos.
O Ceasa também entregou um estacionamento coberto com 140 vagas e reorganizou mais de 5 mil vagas em todo o complexo.
A autarquia implantou uma Central de Segurança Integrada, com vigilância 24 horas e monitoramento por câmeras de alta resolução. Um drone passou a ser usado no patrulhamento aéreo — recurso inédito entre as centrais de abastecimento do país.
O espaço agora conta também com uma base do Corpo de Bombeiros Militar e alojamentos para a Polícia Militar, que reforçam o patrulhamento interno e o entorno da área.
Na área ambiental, o Programa de Compostagem manteve a destinação de resíduos orgânicos e evitou, nos últimos cinco anos, a emissão de 8.108 toneladas de CO₂, de acordo com levantamento da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
A Ceasa-PE também migrou sua matriz energética para fontes renováveis, certificadas pela empresa Kroma Energia. A mudança representa uma redução anual de cerca de 397 toneladas de CO₂ — equivalente ao plantio de 272 mil árvores, segundo o cálculo da certificadora.
Com o Laboratório de Inovação Tecnológica (Labitec), criado em parceria com o Porto Digital e a Secretaria de Desenvolvimento Agrário, a Ceasa passou a desenvolver soluções digitais para serviços internos e externos.
Entre os resultados está o CeasaMais, plataforma de marketplace que conecta produtores e comerciantes. Outro sistema em uso é o AgriTrace Vegetal, desenvolvido com a ADAGRO, a APEVISA e o Ministério Público de Pernambuco, que permite rastrear a origem dos produtos e monitorar o uso de defensivos agrícolas.
A autarquia concluiu a adequação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e revisou seus fluxos de tratamento de informações. Internamente, promoveu obras de drenagem e pavimentação, reformou giradouros e modernizou portões de acesso — o Portão 5 já opera de forma digital e o Portão 6 está em fase de construção.
O programa Sopa Amiga ampliou sua produção de refeições de 350 mil para mais de 1,1 milhão de porções por ano. As doações atendem 119 instituições, entre escolas, creches e abrigos localizados na Região Metropolitana do Recife e no interior.
Para os trabalhadores, foram entregues novos vestiários, copa e áreas de convivência. O setor administrativo passou por reformas estruturais e recebeu novos sanitários e espaços de apoio.
Em fase inicial, o projeto dos mini Ceasas pretende replicar o modelo do Recife em municípios estratégicos do estado, com o objetivo de descentralizar o abastecimento e reduzir perdas na comercialização de produtos hortifrutigranjeiros.
De acordo com o presidente do Ceasa-PE, Bruno Rodrigues, o momento é de avaliação e continuidade dos projetos. “Estamos celebrando avanços estruturais e planejando os próximos passos. O Ceasa mantém seu papel no abastecimento e busca acompanhar as mudanças do setor”, afirmou.
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