Jamildo Melo | Publicado em 27/02/2025, às 10h44
A pesquisa da Quaest, divulgada nesta véspera de Carnaval, tem boas e más notícias para Raquel Lyra e seu projeto de reeleição, em 2026.
Embora o índice de desaprovação tenha subido para 44%, a governadora pode comemorar o fato de que tem maioria de 51% na aprovação. Também a avaliação do governo mantém-se, com 32% de positivo, acima da taxa de negativo, com 26%. 37% avaliam o governo como regular.
Entre as pessoas com ensino superior incompleto ou mais, a gestão conseguiu inverter a curva, reduzindo a taxa de negativo de 34% para 23% e elevando a taxa positiva de 21% para 29%.
Entre os serviços públicos ofertados, a avaliação da área de educação continua indo bem, com uma avaliação positiva de 57%.
A atração de empresas, com impacto no emprego, também ajuda, com 47% de positivo.
Na área de segurança, apesar da avaliação negativa ainda imperar, a gestão Raquel Lyra conseguiu melhorar em relação à ultima sondagem, de dezembro passado.
Onde a gestão precisa melhorar, conforme as pistas do levantamento permitem ver?
Bem... o público feminino é mais crítico em relação ao governo de Raquel, com uma taxa de 29% de negativo. Entre os homens, apenas 21% tem avaliação negativa.
O público com idade entre 31 a 50 anos tem a maior avaliação negativa, com 28% de negativo, necessitando atenção nesta faixa de eleitores.
Quando o recorte é escolaridade, a maior taxa negativa recai, com 28%, entre as pessoas com ensino médio completo ou incompleto.
No recorte de renda, com 27% de negativo, a maior demanda por atenção ou ações são os mais pobres, de até dois salários mínimos, com uma taxa de negativo de 27%.
Um dado interessante, no que toca a religião, é que tanto católicos quanto evangélicos tem os mesmos 24% de taxa de negativo. O público também se divide ao avaliar se o governo Raquel é regular ou positivo.
Outra curiosidade nos dados da Quaest é que os eleitores de Lula são mais críticos com Raquel. Os lulistas dão a ela 27% de negativo. Os bolsonaristas dão 20%, apenas.
Este dado pode indicar que esteja correta a estratégia dela de buscar a base de Lula, com a ida ao PSD, ou mesmo manter a boa relação institucional com o presidente, mesmo com a queda de popularidade dele.
Outro dado reforça esta percepção: Questionados sobre ideologia, a maior parte da amostra do publico ou é Lulista/petista, com 26%, ou de esquerda, com 12%.
Em comparação, quem se declara de direita soma 12% e quem se diz bolsonarista soma apenas 11%.
Outro insight trazido pelos números diz respeito à comunicação. A maioria esmagadora, com 43%, diz ter ouvido mais notícias negativas do que positivas sobre o governo Raquel. E este índice subiu em relação a dezembro, mesmo com o governo colocando sebo nas canelas.
Avaliado tudo em contexto, o jogo ainda está por ser jogado. 52% diz na pesquisa que Raquel Lyra não merece ser reeleita, mas pesquisas são fotografias do momento. Não há como afirmar que a intenção de voto estaria cristalizado, faltando um ano e meio para o pleito.
Todos os detalhes da mais nova pesquisa estão no site Jamildo.com.
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