Pernambuco registrou o final de semana mais violento do ano, diz Sinpol

Entidade sindical diz que, com 40 mortes, final de semana foi um dos mais violentos do ano no Estado de Pernambuco

Jamildo Melo

por Jamildo Melo

Publicado em 02/09/2025, às 07h02 - Atualizado às 07h09

Sinpol tem solicitado ao governo o envio de um projeto de lei com uma nova lei orgânica para a Alepe - Sinpol/Divulgação
Sinpol tem solicitado ao governo o envio de um projeto de lei com uma nova lei orgânica para a Alepe - Sinpol/Divulgação

Em nota pública enviada ao site, o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) registrou que o Estado de Pernambuco viveu o final de semana mais violento de 2025, com quase 40 homicídios.

Conforme a entidade, as ocorrências foram registradas em quase todas as regiões do estado e a maioria com relação direta com facções criminosas. O Sinpol diz que elas seguem expandindo seu domínio no Estado, mesmo com o combate do governo Federal e estadual.

"Segundo dados oficiais, Pernambuco é hoje o segundo estado do Brasil com maior número de facções criminosas, perdendo apenas para Bahia, realidade que exige uma resposta firme e coordenada", afirmou a entidade sindical.

Na nota oficial, o SINPOL defende ser necessário investir na inteligência investigativa, modernizar, melhorar a estrutura e valorizar os Policiais Civis.

“O que vimos neste fim de semana não é um episódio isolado, mas o retrato do colapso da segurança pública em Pernambuco. A Polícia Civil continua sendo o elo central para investigar, desarticular facções e prender líderes criminosos. Mas sem condições de trabalho, sem valorização e sem uma Lei Orgânica que modernize a instituição, ficamos enxugando gelo diante do avanço do crime organizado”, afirma Áureo Cisneiros, presidente do SINPOL.

O Sindicato dos Policiais Civis solicitou mais uma vez da governadora Raquel Lyra o envio para ALEPE do PL da Lei Orgânica da Polícia Civil, apresentado como instrumento essencial para dotar a instituição de meios modernos de investigação, carreira estruturada e condições para enfrentar o crime organizado de forma eficaz.

"Enquanto a violência se alastra nos bairros, nas cidades do interior e na Região Metropolitana, os policiais civis trabalham no limite, em delegacias improvisadas, sem efetivo, sem o devido reconhecimento e investimento. O sindicato entende que não é possível combater o avanço das facções criminosas sem uma Polícia Civil valorizada, moderna e equipada", afirmou a entidade sindical.