Ex-prefeito de Caruaru Tony Gel tem filho concorrendo a vice contra PSDB de Raquel Lyra
por Jamildo Melo
Publicado em 02/09/2024, às 07h13
No início da gestão da governadora Raquel Lyra (PSDB), o ex-deputado estadual e ex-prefeito de Caruaru Tony Gel (MDB) foi nomeado para uma assessoria especial na estatal COPERGÁS. Seu filho, Tonynho Rodrigues (MDB), por sua vez, ganhou um cargo de diretor na estatal EMPETUR.
Os dois seguiram aliados da governadora até a definição das chapas para as eleições de 2024, em Caruaru, reduto da governadora do PSDB.
Para surpresa de muitos, Tonynho é o candidato a vice-prefeito na chapa de José Queiroz (PDT), principal adversário do atual prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro (PSDB), candidato da governadora nestas eleições na capital do Agreste.
Pai e filho deixaram os cargos no Governo do Estado após o anúncio de apoio a José Queiroz. Na política, este tipo de rasteira é comum e os aliados que vão debandar deixam os cargos próximos ao período de convenções partidárias.
Todavia, Tony Gel, o pai, não ficará sem cargo público.
O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado estadual Álvaro Porto (PSDB), nomeou o ex-parlamentar para um cargo em comissão na Assembleia. Tony Gel será assessor de Álvaro, na Presidência do Poder Legislativo.
Álvaro Porto e Raquel Lyra estão rompidos politicamente e publicamente desde o início do ano. A disputa política virou depois uma disputa administrativa, com a governadora indo ao STF contra a divisão do orçamento do Estado.
As rusgas se intensificaram após o Blog do Jamildo revelar, em primeira mão, uma ação da governadora no STF, para não repassar R$ 84 milhões de orçamento para o Poder Legislativo. Todos os 49 deputados estaduais ficaram sabendo da ação pelo Blog do Jamildo, na época.
Dias depois, após ouvir discurso da governadora na Assembleia Legislativa, vazou o microfone de Álvaro Porto, com críticas ao discurso feito pela governadora. Apesar de ter saído do plenário sorrindo abertamente, ao lado da vice-governadora Priscila Krause, a governadora depois reclamou de "violência política".
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