Aliada de Anderson diz que Gilson Machado, com desunião, prejudica PL no Estado

Lara Cavalcanti, aliada de Anderson Ferreira, vai se lançar na disputa estadual nas eleições de 2026

Jamildo Melo

por Jamildo Melo

Publicado em 19/07/2025, às 09h17 - Atualizado às 10h12

Lara Cavalcanti sonha em se tornar a primeira mulher a governar Petrolina, mas antes quer conquistar uma cadeira na Alepe - Jamildo.com
Lara Cavalcanti sonha em se tornar a primeira mulher a governar Petrolina, mas antes quer conquistar uma cadeira na Alepe - Jamildo.com

A radialista e política Lara Cavalcanti, ex-candidata a prefeita de Petrolina e agora pré-candidata a deputada estadual, fez uma visita de cortesia ao site Jamildo.com e aproveitou para falar do cenário eleitoral, sob sua perspectiva e de seu partido.

"Um aliado precisa respeitar a hierarquia. Se está no partido. O comportamento dele pode prejudicar quem está nos municípios. Precisamos de união, precisamos andar juntos no PL", afirmou.

"Anderson é o presidente do PL em Pernambuco, é prestigiado por Valdemar Costa Neto, e tem o maior potencial do partido (para o Senado)", disse Lara, que diz ser grata a Anderson por segurar a sua candidatura nas eleições passadas, contra pressões locais.

Lara Cavalcanti também comentou as composições para a formação da chapa. "A governadora Raquel Lyra precisa definir onde vai estar. Onde o PT estiver, nós vamos estar do outro lado. E o presidente Anderson Ferreira não vai colocar o carro na frente dos bois, como fez Miguel Coelho (anunciando ser candidato ao Senado)", observou.

"Se ela não estiver com o PT, espero contar com a ajuda dela na campanha. Vai depender do lado que ela estiver. Na cidade, ela precisa não apenas levar saúde, mas também divulgar as ações e furar o bloqueio dos Coelhos"

A jovem se apresenta em Petrolina como a principal oposição a Miguel Coelho. Ela conta que não foi ao segundo turno nas eleições locais porque a oposição, mesmo com múltiplas candidaturas, não logrou uma boa performance.

"Não sou herdeira política, fiquei em terceiro lugar mesmo tendo apenas sete meses para fazer campanha (estava grávida e deu a luz em maio durante a campanha)", relembra.

"Também enfrentei fogo amigo porque estava no roteiro Bolsonaro visitar Petrolina e foi cancelado. Eu tive que vir ao Recife gravar com ele", lembrou, em uma possível referência a Gilson Machado, que se estranhava com Anderson Ferreira nas eleições municipais passadas.

Por falar em Bolsonaro, Lara não se furtou a comentar a decisão do ministro Alexandre de Moraes e depois outros ministros em colocar tornozeleira eletrônica no ex-presidente. "Não tem como ter um julgamento técnico porque o STF está cheio de lulistas", argumentou.

Aposta na Saúde

Com um programa de rádio há seis anos no ar, tratando de saúde, Lara Cavalcanti, filha do segundo arquiteto a chegar em Petrolina Cosme Cavalcanti, diz que não parou de fazer política depois da derrota eleitoral.

"Não dependo da política para sobreviver. Depois do falecimento de minha filha, sai do campo do comodismo e decidi ir para o sacrifício, dar minha contribuição. O jornalismo tem um teto, mas a política não, ela pode ajudar as pessoas em um bom governo", compara.

"A saúde é o grande calo da população e vai ser a minha bandeira. As pessoas não sabem, mas em Petrolina tem pessoas esperando dois, três anos por uma consulta", afirma a radialista, que toca o programa Viva Bem, na Petrolina FM, pertencente a Gonzaga Patriota.

"Agora mesmo, anunciaram um hospital em Petrolina, mas ele não abre sábado nem domingo, não abre 24 horas por dia, não é porta aberta (pelo SUS)... então é uma clínica, na verdade, com 12 leitos"

Na luta por um mandato na Alepe, um dos alvos será o deputado Antônio Coelho, irmão de Miguel Coelho. Ela o chama de "meio deputado", em uma referência ao fato de ter assumido pasta de turismo no Recife na gestão do PSB.

"Quando ele aceitou ficar como secretário, rasgou os votos da cidade que deveria representar e foi trabalhar para outro patrão (no caso, João Campos)", afirma.