Túlio Gadelha aciona PGR para apurar possível fraude ligada ao Enem 2025

Túlio Gadêlha pediu investigação sobre estudante que teria divulgado conteúdos semelhantes aos do Enem 2025, resultando na anulação de três questões

Plantão Jamildo.com

por Plantão Jamildo.com

Publicado em 22/11/2025, às 10h32

Imagem Túlio Gadelha aciona PGR para apurar possível fraude ligada ao Enem 2025

Deputado encaminhou notitia criminis pedindo apuração sobre possível violação de sigilo do Enem.

Caso envolve estudante que teria antecipado questões semelhantes às aplicadas em 2025.

Gadêlha cobrou transparência e medidas preventivas ao MEC.

MPF e PF são acionados para esclarecer eventual fraude em certame público.

Deputado federal Túlio Gadêlha (Rede) encaminhou, nesta semana, uma notícia crime à Procuradoria Regional da República da 4ª Região solicitando apuração formal sobre a conduta do estudante Edcley de Souza Teixeira. O universitário é apontado como responsável por divulgar previamente conteúdos semelhantes aos que integraram o Enem 2025, o que levou à anulação de três questões do exame.

No documento, o parlamentar pede que o Ministério Público Federal avalie se houve prática de Fraude em Certame de Interesse Público, prevista no artigo 311-A do Código Penal, além de possível violação de sigilo. Para Gadêlha, a divulgação antecipada comprometeu a isonomia da prova e exige esclarecimentos.

Ele afirma que há indícios de que o estudante, que relata participar de pré-testes do Inep, teria utilizado informações internas para elaborar conteúdos de aulas, transmissões ao vivo e materiais comercializados, reproduzindo questões quase idênticas às aplicadas.

Estamos requerendo uma investigação oficial para esclarecer se a divulgação das questões, que causou a anulação de parte da prova, configura crime e violou o sigilo do Enem. Precisamos chegar aos responsáveis, sem transformar o caso em uma guerra de narrativas, mas garantindo que a integridade do exame seja totalmente preservada”, disse.

Transparência e medidas preventivas

Gadêlha destacou que o MEC acionou a Polícia Federal para apurar o episódio, mas defendeu o acompanhamento do Parlamento. Segundo ele, cabe ao Ministério Público Federal verificar a existência de ilícito penal e identificar eventuais responsáveis.

Paralelamente, o deputado protocolou um requerimento de informações ao MEC pedindo detalhes sobre o andamento das investigações conduzidas pela Polícia Federal e sobre medidas preventivas planejadas para evitar novas ocorrências.

Ele afirmou que o objetivo é garantir transparência e reforçar mecanismos de proteção nas próximas edições do Enem. “A credibilidade do Enem constitui patrimônio público e condição essencial para a democratização do ensino superior. Se houve fragilidade, ela precisa ser corrigida com urgência”, declarou.

Gadêlha afirmou que continuará acompanhando o caso e cobrando esclarecimentos das autoridades responsáveis.