Refinaria Abreu e Lima: Nova operação de recebíveis com a Petrobras financiaria novo salto na região de Suape

Antecipação de ICMS devido pela Petrobras, com ampliação da Refinaria Abreu e Lima, pode ser alternativa para financiar fim dos gargalos de mobilidade

Jamildo Melo

por Jamildo Melo

Publicado em 26/06/2024, às 10h20

Engarrafamento na BR 101 - Facebook
Engarrafamento na BR 101 - Facebook

Além da geração de novos empregos em larga escala, a ampliação da Refinaria Abreu e Lima, em Suape, antecipada pelo blog de Jamildo no final de 2022, pode ajudar na solução de gargalos históricos no território estratégico de Suape, dando um novo impulso e velocidade ao polo de logística instalado nas cidades do Cabo, Ipojuca e Jaboatão dos Guararapes.

A Petrobras já realizou uma antecipação semelhante de recebíveis, ainda no governo Eduardo Campos. Com os recursos, o ex-governador ampliou e modernizou os acessos rodoviários a Suape (TDR Sul e TDR Norte) e também construiu dois novos píeres petroleiros, bem como a duplicação da PE 60 na entrada do porto até a divisa com Ipojuca. Na época, foram antecipados cerca de R$ 800 milhões.

O secretário de Desenvolvimento do Cabo, Inaldo Campelo, defende que a alternativa criada pela antecipação dos recebíveis é uma solução já testada e aprovada.

"Foi algo que deu certo lá atrás e financiou melhoria da infraestrutura, com contrapartidas do Estado, que entregou dois píeres petroleiros. Era o segundo governo Lula. No atual governo Lula, nós acreditamos que haja um diálogo frutífero com o governo Federal. É justo, é devido e a região de Suape também é Brasil".

A antecipação das receitas ao governo do Estado, por parte da Petrobras, em 2010, foi devida em função do ICMS cobrado na atração dos navios no porto. Na primeira fase do projeto, a Refinaria Abreu e Lima produz 110 mil barris/dia. O volume de produção diária agora será mais do que dobrado, para 230 mil barris/dia.

Diante destes números, o secretário de Desenvolvimento do Cabo calcula que a antecipação pode chegar aos R$ 2,5 bilhões, atualmente.

Um dos gargalos fica na altura da fábrica Vitarella, onde existem várias pistas de rolagem que desembocam em um viaduto com apenas duas faixas.

O outro gargalo, também na BR 101, fica na altura do corredor de Curcurana, Pontezinha, onde um parque industrial já adensado também impede a melhor mobilidade.

"Essas melhorias nas rodovias precisam estar prontas logo, para atender a esta nova demanda, como um novo terminal de contêineres privado, um núcleo de tecnologia e inovação, a conclusão da Transnordestina. Além de gerar empregos e cidadania no território. A mobilidade hoje esta profundamente prejudicada, todos os dias, por conta destes gargalos"

Aumento da segurança pública

Além da questão de logística, o secretário municipal cita a segurança. "O policiamento do Cabo e Ipojuca é a mesma de 10 anos atrás. Com os recursos, seria possível reaparelhara estrutura da região"