Empresários brasileiros tem recorde de otimismo no terceiro trimestre de 2024. Cenário foi analisado por pesquisa da Grant Thornton
por Cynara Maíra
Publicado em 05/11/2024, às 10h25
Os empresários brasileiros atingiram o nível mais alto de otimismo desde 2019, índices pré-pandêmicos, segundo o estudo da consultoria Grant Thornton.
De acordo com o levantamento da empresa, 80% dos gestores empresariais do Brasil estão confiantes no futuro econômico e de seus negócios. O índice representa um crescimento de 14% em relação ao trimestre passado.
Dentre esses, 84% acreditam que aumentarão sua receita e 83% preveem aumento nos lucros.
A porcentagem brasileira fica acima da média internacional, de 74%, que aumentou 5% em relação ao período anterior.
Segundo o CEO da Grant Thornton, Daniel Maranhão, a melhora neste trimestre está vinculado com a melhora de outros indicadores econômicos, como a ampliação no investimento na área de plantas e maquinário, que cresceu 11%.
Outros pontos que favorecem o otimismo são o aumento no investimento direto estrangeiro (IDPE), que chegou em US$ 6,1 bilhões, colocando o Brasil como principal destino para investimentos, e a melhora nas estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,4% em 2024.
O CEO relatou que a ampliação do investimento no mercado brasileiro está vinculado com a implementação de novas tecnologias e operações para melhorar a eficiência.
Outro ponto positivo é a diminuição da taxa de desemprego, que está em 6,8%, a menor da última década. Sobre esse cenário, 70% dos empresários desejam ampliar suas equipes nos meses seguintes.
O estudo aponta que há preocupação com relação à diminuição da mão de obra qualificada, que demonstra uma redução de 5% de profissionais qualificados disponíveis no mercado de trabalho.
O estudo está vinculado com um relatório internacional sobre negócios, que questionou 4 mil líderes de empresas de médio porte de 31 países.
Apesar desse otimismo, os empresários acreditam que fatores internacionais podem prejudicar a economia, como a tensão no Oriente Médio, mas esse índice diminuiu 6% entre os empresários brasileiros.
As preocupações com questões burocráticas diminuiu 43% entre o empresariado brasileiro, mas ainda há preocupação sobre as discussões da Reforma Tributária.
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