Licitação da ampliação da refinaria Abreu e Lima atrasa e trabalhadores reclamam

Rogério Almeida, diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e Sindicato dos Petroleiros dos Estados de Pernambuco e Paraíba (Sindipetro-PE/PB), disse ao Blog do Jamildo que os trabalhadores estão preocupados com os atrasos na licitação para a duplicação da capacidade de produção da refinaria Abreu e Lima,anunciadas pelo presidente Lula, em visita a Pernambuco.

"Nós alertamos que a obra está atrasada, a previsão era contratar pessoal agora no início do primeiro semestre. Com isto a conclusão já está sendo prevista para 2027 ou 2028. Nós estamos cobrando que se contrate mais gente, com dois ou três turnos, para a obra sair. Nós estamos felizes, mas não pode demorar muito. Essas obras da Petrobras trazem empregos e obras locais na região do Cabo e Ipojuca", afirmou, explicando que a previsão de partida inicial era o segundo semestre de 2026.

O projeto original, de 2014, previa duas etapas, cada uma com cerca de 130 mil barris por dia. No entanto, a estatal, depois de desistir da venda da unidade, com o início do governo Lula, se esforça para concluir o primeiro trem.

"O que preocupa são os atrasos do trem 2. A licitação foi lançada em março e se esperava começar o segundo semestre com os contratos assinados, enquanto avançam outras obras relacionadas ao que trem já esta operando".

"Com uma produção de 90 mil barris atualmente, a primeira fase deve pular para 115 mil barris/dia após uma requalificação em curso, ainda neste segundo semestre, já autorizada pela CPRH. Com novos ajustes (revamp), em janeiro de 2025, a primeira fase poderá passar para os R$ 130 mil projetados para o primeiro trem".

O Sindipetro calcula que existam 500 trabalhadores próprios e mais de mil terceirizados nas obras atualmente. Com novos soldadores, eletricistas, mecânicos e outros profissionais a serem chamados para a obras, o pico poderia chegar aos 10 mil trabalhadores. "Não se assinou ainda, desde março, a licitação do trem dois, mas torcemos para que fique dentro do esperado e se começe a contratar os trabalhadores", afirma Sinésio Pontes, coordenador geral do Sindipetro.