Novo relatório do Banco Mundial aponta caminhos para acelerar geração de empregos e inclusão no Nordeste
por Jamildo Melo
Publicado em 05/12/2025, às 13h19 - Atualizado às 13h31
Relatório do Banco Mundial destaca que o Nordeste tem papel estratégico no crescimento do Brasil, com grande oferta de mão de obra e liderança na transição energética, produzindo 91% da energia eólica e 36% da solar do país.
O estudo aponta caminhos para reduzir desigualdades históricas e aumentar a produtividade, com foco em capacitação, inclusão e empregos de melhor qualidade.
Recomenda ainda melhorar o ambiente de negócios, reduzindo burocracia e dependência de subsídios fiscais.
Outro eixo prioritário é a modernização da infraestrutura, incluindo transportes, redes digitais, água e saneamento, com apoio de parcerias público-privadas.
O Banco Mundial também lançará podcasts e participa de evento da Sudene para discutir estratégias de desenvolvimento regional.
O Nordeste do Brasil desempenha um papel decisivo no progresso econômico do país, segundo o novo relatório do Banco Mundial, “Caminhos para o Nordeste: Produtividade, Empregos e Inclusão”.
O estudo detalha como a região pode acelerar seu desenvolvimento, ampliar a geração de empregos e reduzir desigualdades históricas ao adotar um modelo de crescimento mais dinâmico e inclusivo.
Com 54 milhões de habitantes, sendo 80% em idade ativa, o Nordeste concentra um dos maiores e mais promissores contingentes de mão de obra do Brasil.
A região é protagonista da transição energética brasileira: produz 91% da energia eólica nacional e 36% da energia solar. Esse diferencial abre caminho para um crescimento industrial mais sustentável e a criação de novos polos econômicos ligados a setores emergentes, como o hidrogênio verde.
O relatório destaca que o Nordeste ainda enfrenta desigualdades em relação ao Sul e Sudeste e segue dependente do agronegócio. O Banco Mundial recomenda fortalecer os setores urbanos — como manufatura e serviços — para elevar a produtividade e diversificar a economia regional.
“Ao ajudar as empresas a melhorarem, investir nas pessoas e modernizar a infraestrutura, podemos criar mais e melhores empregos”, afirmou Cécile Fruman, diretora do Banco Mundial para o Brasil, em informe ao site Jamildo.com.
1. Geração de empregos e inclusão social
Entre 2012 e 2022, o Nordeste registrou desemprego de 12% e informalidade de 52%, números maiores que os do restante do país. O Banco Mundial recomenda:
adotar políticas de inclusão para mulheres e grupos marginalizados — hoje, a participação feminina na força de trabalho nordestina é de apenas 41%, ante 52% no restante do Brasil.
2. Ambiente de negócios mais competitivo
O estudo sugere:
3. Modernização da infraestrutura
O Nordeste precisa acelerar investimentos em:
O Banco Mundial destaca que parcerias com o setor privado podem viabilizar grandes projetos, desde que bem estruturadas e fiscalizadas.
Em 11 de dezembro, a Sudene, no Recife, realiza o evento Rotas para o Nordeste, reunindo especialistas do Banco Mundial, autoridades regionais e pesquisadores.
A partir de 9 de dezembro, o YouTube do Banco Mundial na América Latina lança a série Rotas para o Nordeste, com quatro episódios sobre mobilidade social, mercado de trabalho, empreendedorismo e crescimento econômico. O primeiro convidado é a empresária baiana Monique Evelle.