Acordo entre Brasil e China abre espaço para exportação da uva brasileira

A abertura do mercado chinês para a uva brasileira trará reflexos positivos para o Brasil, sobretudo para o Vale do São Francisco

Jamildo Melo

por Jamildo Melo

Publicado em 10/06/2024, às 08h15

Produção de uvas no Vale do São Francisco - Internet
Produção de uvas no Vale do São Francisco - Internet

O consumo de frutas na China tem crescido significativamente nos últimos anos, impulsionado por uma crescente preocupação com a saúde e o bem-estar entre os consumidores chineses.

As frutas são valorizadas por suas propriedades nutricionais e são frequentemente incluídas em dietas equilibradas.

O vice-presidente Geraldo Alckmin e o presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas (Abrafrutas), Guilherme Coelho, anunciaram o fechamento do acordo fitossanitário entre Brasil e China que permite a exportação das uvas brasileiras.

O governo chinês irá, posteriormente, comunicar oficialmente a data para início da entrada da fruta no país.

O acordo foi finalizado durante a VII Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN), realizada em Pequim.

O vice-presidente Geraldo Alckmin liderou uma comitiva, formada por ministros, parlamentares e empresários, que trabalhou pelo fortalecimento das relações comerciais entre os dois países.

“A Abrafrutas está há quatro anos trabalhando para que esse acordo fosse fechado e estamos muito satisfeitos. Quero agradecer o apoio do vice-presidente e do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que se empenharam para que as últimas tratativas fossem finalizadas. Estamos apenas aguardando que o governo chinês comunique a data, pois nossos fruticultores estão prontos para fornecer uma uva de grande qualidade”, disse Guilherme Coelho.

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Reflexos para o Vale do São Francisco

A abertura do mercado chinês para a uva brasileira trará reflexos positivos para o Brasil, sobretudo para o Vale do São Francisco.

“Nossa região é a responsável pela produção de 95% da uva exportada. Agora, os fruticultores terão acesso a um mercado formado por 1 bilhão e 400 milhões de pessoas. Isso potencializará a produção e consequentemente a geração de empregos e renda para a população”, finalizou Guilherme Coelho.

A iniciativa é uma boa notícia para a região e os produtores se se considerar o período mais recente. Com a pandemia, ocorreu uma queda na renda dos brasileiros e a comercialização da uva no Vale do São Francisco sofreu uma desvalorização, no polo Petrolina (PE)/Juazeiro (BA), especialmente as sem semente. Assim como em outras regiões produtoras, os viticultores do Vale não conseguiam comercializar as frutas com fluidez.