Parceria com o Programa Mundial de Alimentos e a ONG Fome de Tudo tem objetivo de ampliar as políticas públicas da gestão de João Campos
por Cynara Maíra
Publicado em 16/09/2025, às 09h22 - Atualizado às 09h57
A Prefeitura do Recife firmou, na segunda-feira (15), um acordo com o Programa Mundial de Alimentos (WFP) das Nações Unidas e com a ONG Fome de Tudo para desenvolver ações de combate à fome na cidade.
O memorando, assinado pelo prefeito João Campos (PSB), prevê cooperação técnica, diagnósticos e a formulação de novas políticas públicas para fortalecer o programa municipal Recife Sem Fome.
A parceria ocorre enquanto a capital detém 294,7 mil famílias inscritas no CadÚnico, e o Recife é a segunda capital mais desigual do Brasil, segundo o índice de Gini.
Dados da Rede PENSSAN de 2022 apontavam que 2,1 milhões de pessoas viviam em situação de insegurança alimentar moderada ou grave em Pernambuco.
"Teremos instrumentos de tecnologia, cooperação técnica e diagnósticos entre a Prefeitura e a Fome de Tudo para reforçar o nosso programa Recife Sem Fome. É muito importante ter parcerias internacionais que ajudem e fortaleçam o combate à fome", afirmou João Campos.
A colaboração com o Centro de Excelência Contra a Fome do WFP e a ONG Fome de Tudo tem o objetivo de concentrar esforços em nutrição e segurança alimentar.
As principais ações planejadas são:
Realização de estudos e pesquisas sobre agricultura local, educação, saúde e nutrição para subsidiar novas políticas.
Capacitação de gestores e técnicos em segurança alimentar, com possibilidade de intercâmbios internacionais.
Fortalecimento do Programa de Alimentação Escolar da rede municipal, com ampliação do uso de insumos da agricultura familiar.
A secretária de Assistência Social e Combate à Fome, Pâmela Alves, destacou que a parceria permitirá a tomada de melhores decisões.
"O objetivo é garantir que cada vez mais recifenses tenham acesso a uma alimentação de qualidade, saudável e baseada em dados", disse.
Úrsula Corona, representante da ONG Fome de Tudo, ressaltou que o foco da organização é o empoderamento econômico e o uso de tecnologias sociais. "Não adianta pensar em ferramentas de transformação sem fortalecer economicamente as pessoas. Nosso trabalho é somar esforços e aprender nessa troca", afirmou.