A palestra sobre a exposição "Gold – Mina de Ouro Serra Pelada" acontece na próxima quinta-feira (12), às 19h30, e é gratuita
por Clara Nilo
Publicado em 04/06/2025, às 16h47 - Atualizado às 17h46
A CAIXA Cultural Recife irá realizar, na próxima quinta-feira (12), a palestra “Fotojornalismo, arte e memória cultural nas imagens da exposição Gold – Mina de Ouro Serra Pelada”, do fotógrafo Sebastião Salgado. O encontro será conduzido pela pesquisadora de narrativas fotográficas Daniela Bracchi e tem entrada gratuita, mediante inscrição prévia a partir do dia 6, pelo site da instituição.
A atividade integra a programação da exposição, também gratuita “Gold – Mina de Ouro Serra Pelada”, em cartaz na Galeria 1 da CAIXA Cultural até o dia 29 de junho. A palestra convida o público a refletir sobre a potência das imagens de Salgado na construção da memória coletiva do maior garimpo a céu aberto do mundo, localizado na Amazônia Paraense.
A exposição reúne mais de cinquenta registros feitos por Sebastião Salgado na década de 1980, período de intensa atividade em Serra Pelada, que chegou a reunir cerca de 50 mil garimpeiros. As imagens revelam o cotidiano da mina, a precariedade das condições de trabalho e o impacto humano da corrida do ouro na região.
Daniela Bracchi, professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), é especialista em cultura visual e comunicação. Durante o encontro, ela vai discutir como as fotografias funcionam como documento histórico e como obras de arte dialogam com o presente.
“A imagem pode ser notícia, arte e memória ao mesmo tempo. Ela estabelece conexões entre quem registra e quem observa”, afirma a pesquisadora.
Sebastião Salgado foi um dos mais renomados fotógrafos documentais do mundo. Nascido em Aimorés (MG), registrou temas como migração, trabalho e meio ambiente em mais de 120 países. Suas séries fotográficas, como Trabalhadores, Êxodos e Gênesis, renderam reconhecimento internacional.
Em parceria com sua esposa, Lélia Wanick Salgado, fundou o Instituto Terra, voltado à recuperação ambiental. Seu trabalho combina arte e denúncia social, marcando profundamente a fotografia contemporânea.
Ele faleceu em maio de 2025.