Jamildo Melo | Publicado em 09/10/2024, às 09h18
Na peça orçamentária enviada pela governadora Raquel Lyra (PSDB) para a Assembleia Legislativa, a área da segurança pública é uma das que receberá mais investimentos novos.
A Secretaria de Defesa Social (SDS) terá um montante de R$ 4,6 bilhões no orçamento, a maior parte para remuneração de pessoal. Contudo, no Juntos pela Segurança (o programa de Raquel Lyra que entrou no lugar do Pacto Pela Vida da gestão anterior), o investimento será de mais de R$ 340 milhões.
Segundo comentários nos bastidores, o objetivo do Governo é melhorar a percepção da população sobre a segurança pública, um dos assuntos mais criticados nas pesquisas qualitativas.
“Chegou o momento de planejar o orçamento do próximo ano para garantir que o Governo de Pernambuco siga executando políticas públicas que já estão proporcionando a verdadeira mudança na vida da população pernambucana. Vamos ampliar ainda mais os investimentos em Saúde, Educação e Segurança, mas também em iniciativas que promovam o desenvolvimento econômico e social do nosso Estado”, afirmou a governadora Raquel Lyra.
Sem coincidência, é correto afirmar que o investimento em segurança pública é mais uma iniciativa de Raquel Lyra visando chegar bem em 2026, quando deve tentar disputar a reeleição.
Recentemente, o Governo do Estado divulgou que, pelo quinto mês consecutivo, Pernambuco apresentou redução no índice de Mortes Violentas Intencionais (MVIs). Setembro registrou uma queda de 19,3% no número de homicídios em relação ao mesmo período do ano passado, saindo de 321 para 259 casos.
Conforme informações apresentadas pela SDS, os homicídios caíram 10,3% em agosto, 12,6% em julho, 6,7% em junho e 11,6% em maio na comparação, em todos os casos, com os mesmos meses do ano passado.
Conforme relatou o blog do Jamildo, na campanha do Recife, os conservadores tentaram emparedar o atual prefeito João Campos, reeleito, com o discurso de que a cidade era insegura porque não contava com guarda armada, por exemplo, e o prefeito não chamava para si essa responsabilidade. João Campos rebateu sempre afirmando que a atribuição era do Estado, devolvendo a bola para Raquel Lyra.
Quando era governador, o então chefe do Executivo Jarbas Vasconcelos afirmava sempre que a questão era de responsabilidade do governo federal, jogando a culpa para Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e depois Lula (2003-2010). Para se eleger, Eduardo Campos disse que iria chamar para si esta responsabilidade. Efetivamente, chamou, com a criação do Pacto pela Vida, que deu certo até ser alvejados pelos próprios políticos, de todos os partidos, na sanha de se elegerem ao governo do Estado.
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