Jamildo Melo | Publicado em 21/05/2025, às 16h44 - Atualizado às 16h55
O Governo do Estado já definiu a dispensa emergencial sem licitação para implantar o sistema de reconhecimento facial, com bloqueio, na Arena Pernambuco. A obra foi feita para a copa de futebol no Brasil, depois virou um elefante branco e os governos vivem tentando dar uma destinação útil.
A dispensa foi autorizada pela EMPETUR, estatal de turismo do Estado, que administra o estádio em São Lourenço da Mata.
A contratação foi realizada sem licitação para atender uma demanda da Justiça Estadual que, em mandando de segurança do Sport, definiu que os jogos devem acontecer com o sistema tecnológico.
Os clubes já atuaram para implantar o sistema em seus estádios. O Governo de Pernambuco, para não esvaziar os jogos na Arena, também está contratando a melhoria de tecnologia.
Uma empresa privada foi escolhida. Ela vai realizar o "upgrade tecnológico" nos sistemas de segurança.
A empresa privada irá receber R$ 1.375.000,00 (um milhão trezentos e setenta e cinco mil reais), segundo o processo de dispensa de licitação.
A ex-vereadora do Recife, missionária Michele Collins, foi nomeada em março como diretora da Arena de Pernambuco, reforçando a participação de partidos políticos na administração.
Com três mandatos como vereadora, Michele Collins tem forte atuação em pautas religiosas. Esposa do deputado estadual Pastor Cleiton Collins e mãe do vereador Alef Collins, ambos do PP, a missionária optou por não disputar as eleições municipais de 2024, apoiando o filho que foi eleito na Câmara do Recife. Agora em 26, a política planeja disputar um mandato federal pelo PP.
A nomeação de Michelle gerou discussão nas redes sociais. Comentaristas de redes sociais destacaram a suposta inexperiência da ex-vereadora com assuntos de futebol. Só que o deputado estadual Collins explicou que a ideia é transformar a arena em um projeto social, como disse no Podjá, programa de entrevistas do canal do site no Youtube.