Inaugurado em abril, Núcleo de Radiologia e Imagem Forense do IML está parado devido infiltrações

Yan Lucca | Publicado em 09/07/2024, às 15h15

Crise na segurança pública - Foto: Google Street View
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O assunto segurança pública tem sido um dos problemas do governo Raquel Lyra e aparentemente esta longe de chegar a uma solução. O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) não da trégua nas denúncias das condições de trabalho dos agentes, bem como nas reivindicações da categoria, que incluem a reestruturação do plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos.

Dessa vez, o Sinpol denunciou que o tomógrafo do IML (Instituto de Medicina Legal), que custou R$ 1,5 milhão, está quebrado, prejudicando o Núcleo de Radiologia e Imagem Forense. Além do tomógrafo, a máquina de Raio-x também está sem funcionar, de acordo com o sindicato.

As reclamações incluem, também, infiltrações que paralisaram o funcionamento do Núcleo, inaugurado em abril deste ano, prejudicando as atividades do Instituto de Medicina Legal, localizado no bairro de Santo Amaro, área central do Recife.

O sindicato pressiona o governo por soluções e alerta sobre "problemas que estão se cronificando e atingindo todas as unidades policiais".

Na última semana, o Sinpol solicitou ao Ministério Público de Pernambuco, a interdição de algumas delegacias, incluindo a Delegacia da Mulher de Olinda, que se encontra fechada devido ao desabamento de uma parte do teto.

No documento enviado ao MPPE, a entidade reuniu vídeos e fotos que incluem paredes morfadas, tetos caídos, falta de água encanada, insalubridade nas áreas dos alojamentos e falta de higienização (com foco de baratas, ratos e mosquitos).

A solicitação ocorreu horas após a categoria rejeitar, em assembleia-geral, a proposta de reajuste salarial oferecida pelo estado. A secretária Ana Maraíza, da Administração, informou ao Blog, em nota, que já realizou nove reuniões com a categoria, porém sem sucesso nas negociações.

Sinpol comemora diminuição no número de homicídios

O Sinpol divulgou um balanço feito no mês de junho onde informa que o número de homicídios diminuiu em 5%. Mesmo diante da diminuição, 2024 segue sendo um ano mais violento em comparação com o mesmo período em 2023. 

“A nossa preocupação é que esses dois meses de redução de homicídios não se mantenha até o final do ano, pois o Governo Estadual não investiu um centavo nas unidades da Polícia Civil. A governadora tem um bilhão de reais para investir na segurança pública e a meta do Governo é reduzir em 30% o número de homicídios em relação a 2022, mas sem valorizar e estruturar a polícia que investiga as facções criminosas, não tem como combater a violência em Pernambuco", disse o presidente.

O que diz o governo?

A reportagem entrou em contato com o Governo do Estado e a SDS, porém, não tivemos retorno. O espaço segue aberto ao governo do Estado.

Jamildo.com é editado pelo jornalista Jamildo Melo, especializado em política e economia, que foi titular do blogdejamildo.com.br no Jornal do Commercio.

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