Álvaro Porto solicita à FPF o reagendamento dos jogos de futebol previsto o Carnaval

Yan Lucca | Publicado em 04/02/2025, às 12h12

Álvaro Porto é presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco - Foto: Divulgação / Lucas Patrício
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Diante dos recentes episódios de violência e vandalismo ocorridos no último fim de semana durante o clássico entre Sport e Santa Cruz, pelo Campeonato Pernambucano, envolvendo membros das torcidas organizadas Jovem e Inferno Coral, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Álvaro Porto, enviou um ofício ao presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho.

No documento, Porto solicita a remarcação dos jogos do campeonato estadual previstos para as datas de 1º a 4 de março de 2025, durante o período de Carnaval.

Segundo Porto, a medida foi motivada pela preocupação de diversos parlamentares com a segurança pública no estado, especialmente no município, que durante o Carnaval recebe milhões de foliões. O evento, por si só, já demanda uma ampla mobilização de profissionais da segurança pública para coibir ações de vandalismo e violência.

Duas partidas da segunda fase do Campeonato Pernambucano de Futebol estão agendadas para os dias 2 e 3 de março, justamente domingo e segunda-feira de Carnaval, respectivamente. Os confrontos serão entre o 3º e o 6º colocados, e entre o 4º e o 5º colocados.

Porto classifica os episódios de violência como "premeditados" no contexto do futebol brasileiro e pernambucano e, por essa razão, considera necessário o reagendamento das partidas.

SDS cobra clubes sobre episódios de violência

Nesta segunda-feira (03), uma coletiva de imprensa foi realizada na Secretaria de Defesa Social (SDS), com a presença do secretário da pasta, Alessandro Carvalho, atualizando as ações do Estado para coibir cenas de violência semelhantes nos próximos jogos, além de comentar sobre a decisão de portões fechados para os próximos cinco jogos de Santa Cruz e Sport.

“Temos o direito de 30 mil pessoas de ir para o estádio, e mais de 3 milhões de habitantes da Região Metropolitana do Recife (RMR) de ter segurança. Uma decisão tem que ser tomada. Quem tem um direito maior: 30 mil de ir para o estádio ou 3 milhões para ter segurança?", questionou o secretário da pasta.

De acordo com Alessandro Carvalho, existem dirigentes dos clubes financiando as torcidas organizadas de várias formas, além de explicar que o cenário só poderá mudar quando os clubes "cortarem o vínculo" com as chamadas torcidas organizadas.

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“Tem diretor de clube que financia, dá passagem de ônibus, ingresso para entrar, confraterniza com pessoas que foram presas. Não é só pensar na parte financeira do futebol. Eles tem que participar junto com a FPF na situação para agir”, afirmou.

Nada de novo no front

Jogo do Sport contra o Santa Cruz é marcado por violência extrema de torcidas organizadas - Reprodução redes sociais- Paulo Paiva/ Sport Recife

As cenas vistas no último fim de semana são familiares aos pernambucanos que costumeiramente já lidam com esse tipo de violência durante as temporadas de jogos dos principais clubes do estado.

No ano de 2024, completou-se 10 anos da morte de Paulo Ricardo Gomes da Silva, de 26 anos, atingido por um vaso sanitário atirado do estádio do Arruda, logo após a partida entre Santa Cruz e Paraná.

Duas privadas foram arremessadas de uma altura de 24 metros do anel superior do Arruda. Outras duas pessoas também ficaram feridas. Resta saber o fato novo.

Violência Futebol Clubes Pernambucanos

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