Ana Luiza Melo | Publicado em 24/11/2025, às 14h24
Os médicos da rede municipal de saúde do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR), iniciam nesta terça-feira (25) uma paralisação de advertência de dois dias.
A ação, organizada pelo Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), visa denunciar a "grave precariedade das condições de trabalho e o impacto direto sobre o atendimento à população do município".
O protesto, que se estende até a terça-feira (26), inclui atos simbólicos denominados "Consultório Vazio".
A primeira manifestação ocorre na terça (25), às 9h, em frente à Policlínica Vicente Mendes (COHAB).
A segunda está marcada para quarta (26), no mesmo horário, em frente ao Hospital Mendo Sampaio (BR-101 Sul).
Em nota, o Simepe informou que o ato consistirá na montagem de um cenário de consultório vazio, utilizando cadeiras, jalecos e equipamentos simbólicos para representar a ausência de condições dignas para a prática da medicina.
Entre as principais queixas dos profissionais de saúde estão: salários defasados, sobrecarga do sistema, falta de infraestrutura e equipamentos, déficit de médicos e filas de espera prolongadas para os pacientes.
O sindicato aponta que a situação é "crítica" em unidades como o Hospital Infantil (Mendo Sampaio).
A paralisação envolve os médicos dos Programas de Saúde da Família (PSFs) e da rede ambulatorial do Cabo de Santo Agostinho.
No entanto, o Simepe garantiu a manutenção de todos os atendimentos de urgência e emergência realizados pelos plantonistas.
Serviços essenciais como hemodiálise, quimioterapia e radioterapia também serão preservados, assegurando a assistência em casos graves.
O sindicato afirmou ainda que a mobilização é impulsionada pela categoria que atua na ponta dos serviços, buscando melhores condições de atuação e o "reconhecimento merecido".
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