Yan Lucca | Publicado em 16/12/2024, às 16h11
O Deputado Federal Luciano Bivar (União Brasil) classificou o atual momento de sua legenda como "um partido que não tem mais alma nem ideal", após a deflagração da Operação Overclean, que atingiu membros do União Brasil.
A "Operação Overclean", deflagrada em 10/12 pela Controladoria-Geral da União (CGU), Polícia Federal (PF), Ministério Público Federal (MPF), Receita Federal do Brasil (RFB) e a Agência Americana de Investigações de Segurança Interna (HSI), visa desarticular uma organização criminosa envolvida em fraudes licitatórias, corrupção e lavagem de dinheiro.
A organização direcionava recursos públicos de emendas parlamentares e convênios para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais, com superfaturamento de obras e repasse de propinas. A operação envolveu 43 mandados de busca e apreensão, 17 mandados de prisão preventiva além de ordens de sequestro de bens em cinco estados: Bahia, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
Um dos alvos da operação foi o empresário Marcos Moura, também conhecido como “Rei do Lixo da Bahia”. Ele é proprietário da MM Consultoria Construções e Serviços, empresa responsável por serviços de limpeza urbana e mantém contratos tanto com a gestão municipal de Salvador–BA quanto com prefeituras administradas pelo União Brasil.
Moura também ocupa cargos no diretório e na executiva nacional do partido e mantém estreitos laços com dirigentes da legenda, como o ex-prefeito ACM Neto e o atual presidente Antônio Rueda.
A CNN na última semana, Bivar comentou e se demonstrou surpreso com a operação e lamentou o envolvimento de membros de sua sigla no caso.
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“Tudo o que eu sei é o que está estampado nos jornais, que a Operação Overclean chega à cúpula do partido. Fico estarrecido e lamento muito pelo partido que ainda sou filiado, mas que não tem mais alma nem ideal. Todos os partidos políticos são dirigidos por políticos, mas o que estou filiado (UB) é dirigido por um pessoa que quer fazer negociatas. Isso dói, mas são as mazelas da democracia”, disse.
Durante as investigações, foi identificado um movimento de R$ 1,4 bilhão, com contratos de R$ 825 milhões em 2024.
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