Cynara Maíra e Yan Lucca | Publicado em 21/10/2024, às 10h31
A vereadora eleita Kari Santos (PT) anunciou nesta segunda-feira (21) em suas redes sociais que foi condenada pela Justiça Eleitoral por ofensas contra o ex-candidato à Prefeitura do Recife Gilson Machado Neto (PL).
A política do PT anunciou a condenação em R$ 5 mil em suas redes sociais. A divulgação veio a propósito da falta de recursos da vereadora eleita para pagar o valor. No material, Karina pede ajuda financeira aos seus seguidores para pagar a quantia.
Segundo Kari falou para o site, ela tem cerca de 30 dias para pagar o valor antes de ficar em débito com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
O advogado da candidata cita que Kari poderia ser diplomada vereadora, mas uma eventual falta de pagamento poderia facilitar pedidos de impugnação na Câmara Municipal do Recife.
No processo, consta que Karina teria promovido propaganda irregular antes do período eleitoral e negativa, por supostamente pedir o "não voto" em Machado, situação que traz características negativas sobre um candidato. Durante o período de pré-campanha, Karina chamou Gilson de "sanfoneiro do diabo".
Após a decisão do primeiro juiz ser favorável ao ex-ministro do Turismo de Bolsonaro (PL), Kari conseguiu um parecer favorável do Ministério Público Eleitoral, porém o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) manteve a decisão de primeiro grau.
A quantia será destinada à Justiça, sem pagamento direto a Gilson Machado.
Questionado pelo site Jamildo.com, Gilson Machado afirmou que era favorável à liberdade de expressão, mas que "uma coisa é liberdade de expressão, outra é libertinagem".
Gilson ainda relatou que utilizou seu direito previsto em lei de procurar a justiça ao se sentir ofendido. "Eu só fui tolher a liberdade dela de me atacar gratuitamente, procurei o que é constitucional [...] ela me ofendeu, ela não pode me chamar de 'sanfoneiro do diabo', sou cristão, sou católico", citou o ex-ministro do Turismo.
O ex-candidato à Prefeitura disse que nem conhecia Karina antes da arenga e que a vereadora eleita o "atacou gratuitamente" com uma expressão que considera ofensiva e pesada para uma pessoa cristã.
Em conversa com o site, Kari Santos criticou o processo movido por Gilson Machado ao dizer que o bolsonarista "fala muito em liberdade de expressão e ele me censurou, usou a Justiça Eleitoral contra mim para que eu não pudesse me expressar [...] utiliza a Justiça para tentar censurar a outra pessoa por simplesmente pensar diferente".
A vereadora eleita cita que não fez nenhuma calúnia ou difamação, mas sim "uma crítica ácida".
Kari aproveitou para dizer que a única razão para "um candidato a prefeito se trocar com uma candidata a vereadora" seria porque "ele estava com 6% das intenções de voto e precisava de uma polêmica com uma 'pessoa terrivelmente petista' para poder subir a própria pontuação".
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