Em entrevista à CBN Recife, Bolsonaro diz o que fará com conjunto de joias

Jamildo Melo | Publicado em 09/08/2024, às 15h26

Em Pernambuco desde quarta-feita (07), Bolsonaro participou de debate na Rádio CBN Recife - Foto: Jamildo.com
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O ex-presidente Bolsonaro revelou, em primeira mão, em entrevista ao radialista Aldo Vilela, na CBN Recife, com participação do jornalista Jamildo Melo, o que planeja fazer com um dos conjuntos de joias que ele recebeu enquanto presidente da República.

Nesta terça-feira, uma decisão monocrática do Tribunal de Contas da União (TCU) defende que pertence ao presidente da República Lula um relógio que ele recebeu de presente ainda em 2005. A exemplo de Bolsonaro, Lula foi questionado pelo presente e agora o relator do processo defendeu que era algo personalíssimo e não precisava ser incorporado como patrimônio da União.

Comentando a decisão do TCU, o ex-presidente demonstrou um tom de comemoração com o desfecho, possivelmente porque poderia ser usado como brecha para o rumoroso caso das joias.

"Por analogia, eu espero que seja considerado (desta mesma forma)", disse o ex-presidente.

Bolsonaro explicou ainda que ele foi acusado de ter gasto R$ 40 mil com a EBC, mas que o TCU já disse que não auditava despesas abaixo de R$ 100 mil.

No ar, Bolsonaro acrescentou que iria pegar um dos conjuntos de joias e iria leiloar, enviando os recursos do leilão para a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, onde foi atendido após ataque à faca sofrido na cidade.

Bolsonaro também falou das eleições de 2026 e disse que pretende disputar, mesmo estando no momento inelegível. Ele disse que "não tinha obsessão pelo poder" e faria isto por "amor ao Brasil".

Na mesma entrevista, o presidente disse que o nome de Michelle Bolsonaro estava posto, mas que seria decidido em família.

Ao falar da Venezuela, Bolsonaro sugeriu que a esquerda da América Latina receberia recursos desviados da PDVSA, a estatal de petróleo do País vizinho. O ditador Maduro e a crise na Venezuela foram usados pelo ex-presidente para contrapor as decisões do TSE.

Na avaliação dele, o ministro Celso Amorim, ao passar pano para Maduro, disse que eram apenas críticas o argumento que Bolsonaro disse ter usado no discurso com os embaixadores, um dos pontos usados no pedido de inelegibilidade.

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