Yan Lucca | Publicado em 18/07/2024, às 14h04
A polêmica envolvendo os irmãos Gadelhas e a Federação PSOL/Rede aparenta estar longe de ter um ponto final. Com o deputado Túlio Gadelha ainda tentando viabilizar-se candidato à Prefeitura do Recife, as polêmicas, nos bastidores, correm soltas.
Na última semana, o irmão de Túlio, Ricardo Gadelha, soltou o verbo nas críticas contra o irmão e ao diretório da REDE no Recife em entrevista na Folha de Pernambuco.
Ricardo teria sido punido por uma decisão do diretório do partido, por suposta "infidelidade partidária" ao anunciar publicamente apoio a pré-candidata Dani Portela (PSOL) para prefeita. Além disso, o irmão de Túlio ainda teve a sua pré-candidatura à vereança, lançada no fim de junho, barrada.
“Foi literalmente uma tentativa de golpe, uma aberração jurídica. É a tentativa de tratorar uma candidatura legítima. Não gostaram da movimentação de apoio à candidatura de Dani Portela (PSOL) que inclusive foi referendada pela Federação Rede-PSOL. Foi definido em reunião que os nomes serão Dani Portela e Alice Gabino (Rede). Durante minha pré-candidatura, fiz defesa da decisão da federação. Eu e Alice fomos extremamente fiéis a isso”, declarou o irmão de Túlio.
O médico fez duras considerações sobre o diretório do seu partido, afirmando que a REDE Recife é dominada por comissionados de Túlio. Outra revelação feita pelo médico Ricardo Gadelha é que o irmão estaria por trás do veto a sua candidatura.
"A maioria é composta, literalmente, por funcionários e assessores do deputado federal [Túlio Gadelha], ou seja, tudo o que eles fazem é orquestrado pelo deputado, a verdade é essa”, revelou.
Essa não é a primeira vez Ricardo acusa Túlio de inviabilizar sua candidatura. "Não quis expor essa situação à época, escolhi preservar o nome do deputado por ser meu irmão, para não causar mal-estar na família. Na cabeça do deputado, ele é o único da família que pode ser político. Só ele pode brilhar. Agora não vou me calar diante de uma aberração dessas", disse Ricardo.
Chamando a imprensa de "fofocalizando político", Túlio afirmou que existem algumas matérias caluniosas sobre ele e que não teve participação na decisão do partido de inviabilizar a candidatura do irmão.
Túlio relembrou uma entrevista concedida à Lavareda, onde afirma que não acredita na "política de nomes e parentescos". Confira:
Nos comentários da publicação, internautas ironizaram a fala do deputado. "Ué e apoiar Raquel Lyra é o quê?", escreveu um internauta fazendo referência a família Lyra.
Outros apoiaram o posicionamento de Túlio: "Perfeito, meu velho. Uma coisa é querer ser candidato. Outra coisa é querer ser eleito com o sobrenome", disse um seguidor.
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