Yan Lucca | Publicado em 01/10/2024, às 18h40
Nesta terça-feira (01), aconteceu o primeiro debate televisivo promovido pelo SBT Recife entre os principais candidatos à Prefeitura do Recife.
Com um eleitorado ávido por confrontos mais diretos entre os candidatos, o debate foi dividido em três blocos, que colocaram os concorrentes na berlinda já na reta final da campanha, faltando poucos dias para as eleições de 2024.
Em todos os blocos, o atual prefeito e candidato à reeleição, João Campos (PSB), foi confrontado, e sua gestão tornou-se o principal tema, sendo alvo de críticas dos candidatos presentes.
No primeiro bloco, o bolsonarista Gilson Machado (PL) questionou João Campos sobre a suposta "máfia das creches". Campos, por sua vez, rebateu as acusações e lamentou que o espaço do debate estava sendo utilizado para "acusações infundadas", lembrando que Gilson havia recebido "313 punições" da Justiça Eleitoral.
Ainda no primeiro bloco, no confronto entre Dani Portela (PSOL) e Técio Teles (Novo), a candidata defendeu sua posição de não apoiar uma guarda armada. "É muito fácil para esses homens defenderem a arma porque nunca tiveram uma arma apontada para sua cara", afirmou a candidata.
Começando por Gilson, a primeira rodada de perguntas seguiu a ordem de:
Confrontando Daniel Coelho (PSD), Dani Portela não poupou palavras ao associar Raquel Lyra a Daniel Coelho quando o tema foi transporte público. Daniel, por sua vez, defendeu a gestão de Lyra à frente do estado e afirmou que as críticas de Dani Portela eram injustas com Raquel, destacando que o debate deveria focar na cidade do Recife.
"Você se ateve a atacar uma mulher que nem aqui está", falou o candidato para Dani.
Daniel, ao usar seu tempo para perguntar a Gilson Machado, aproveitou para fazer uma dobradinha com o bolsonarista, criticando o PSB e João Campos. O candidato do PSD também criticou as decisões judiciais favoráveis a João Campos, afirmando que essa era uma das eleições mais desiguais da história da cidade.
Na segunda rodada, os temas foram sorteados, e os candidatos escolheram quem iria responder. O bloco temático foi aberto por Daniel Coelho, que questionou João Campos sobre a "universalização do saneamento", destacando os feitos de sua gestão e criticando a Compesa.
"Criticar a Compesa? Quem quebrou a Compesa foram os 16 anos de PSB. Ninguém consegue resolver tudo da noite para o dia", afirmou Daniel Coelho.
Na tréplica, João fez questão de enfatizar que os candidatos só "fazem atacar" sua gestão.
Sobre segurança pública, Gilson Machado reafirmou a promessa de que, em uma eventual gestão sua na Prefeitura do Recife, o general Braga Netto será o secretário de segurança da cidade. "Ou o bandido vai arrumar um emprego, ou ele vai se mudar do Recife", disse Gilson Machado.
Em suas respostas, Dani Portela, do PSOL, apoiou-se em Lula, fazendo referência ao presidente, mesmo não sendo a candidata oficial apoiada por ele.
No último bloco, os candidatos tiveram um minuto para suas considerações finais.
O primeiro a falar foi Daniel Coelho, que reafirmou seus feitos como deputado estadual e federal. Dani Portela agradeceu a audiência do eleitorado, abordou o tema da desigualdade social e destacou que Recife nunca foi governado por uma mulher. "A eleição de 2024 é uma antessala de 2026", afirmou a candidata, referindo-se à possível candidatura de João Campos ao governo.
João Campos agradeceu à população recifense pela confiança em seu mandato de prefeito e reafirmou o compromisso de continuar atendendo às necessidades mais urgentes da população. Gilson Machado apostou na desconstrução da gestão de João e afirmou que haverá segundo turno em Recife.
Por fim, Técio Teles (Novo) enalteceu a democracia e afirmou que sua candidatura é "independente e propositiva", ressaltando que seu mandato visa evitar que Pernambuco viva uma "capitania hereditária".
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