Banco Master: Yves Ribeiro e ex-diretor rebatem nota divulgada pela PreviPaulista

Plantão Jamildo.com | Publicado em 20/11/2025, às 14h47

Yves Ribeiro, ex-prefeito de Paulista - Divulgação
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Ex-prefeito do Paulista, Yves Ribeiro e o ex-diretor-presidente do PreviPaulista, Luiz Augusto da Silva Junior, contestaram as conclusões da auditoria interna que apontou falhas no investimento de R$ 3,58 milhões feito no Banco Master. Em respostas ao site Jamildo.com, ambos defenderam que, à época da aplicação, não havia sinais de risco e que o procedimento seguiu critérios técnicos.

O ex-prefeito Yves Ribeiro afirmou que deliberações desse tipo são de autonomia dos órgãos internos do instituto. “A autonomia é do presidente e do conselho. Na época era um banco, juridicamente não teria dificuldade”, disse.

Já Luiz Augusto, responsável direto pela operação, afirmou que, em fevereiro de 2024, o mercado não apontava qualquer risco envolvendo a instituição. “Não existia no mercado nenhum rumor sobre o Banco Master. O banco tinha rating, nota de crédito e rentabilidade atrativa. Fizemos a aplicação de R$ 3 milhões e a rentabilidade chegou a R$ 580 mil”, declarou.

Ele disse ter tomado conhecimento de problemas relacionados aos gestores do banco “no final de 2024”, quando o título já estava emitido havia quase um ano. Segundo o ex-dirigente, o banco seguia atuando regularmente até a liquidação. “Se houvesse um problema operacional, o governo não permitiria atuação no mercado. A liquidação é um processo jurídico; o banco não fechou.” 

Ele também afirmou que o instituto permanece apto a habilitar seus créditos. “O instituto não perdeu o investimento.” Luiz Augusto citou ainda o crescimento patrimonial do PreviPaulista durante sua gestão: “Quando assumi, eram R$ 39 milhões. Quando saí, deixei quase R$ 130 milhões”.

O que diz a Prefeitura do Paulista?

O Instituto de Previdência Social do Paulista (PreviPaulista) divulgou nova nota oficial nesta quinta-feira (20) com esclarecimentos adicionais sobre a operação, realizada em fevereiro de 2024 — período em que o Banco Master ainda não tinha sido colocado em liquidação extrajudicial nem estava sob investigação da Operação Compliance Zero, da Polícia Federal. Dados do Ministério da Previdência mostram que Paulista é o único município de Pernambuco com recursos aplicados no banco.

Segundo a atual direção, auditorias iniciais identificaram que a aplicação teria sido feita sem aprovação do Comitê de Investimentos e em desacordo com parecer técnico da consultoria financeira contratada à época. A gestão do prefeito Ramos (PSD) informou que acionou um escritório de advocacia especializado para adotar medidas judiciais e administrativas e tentar recuperar o valor.

A nota assinada pela atual diretora-presidente Giovanna Cordeiro afirma que o instituto segue financeiramente sólido e que, mesmo desconsiderando o ativo vinculado ao Banco Master, a carteira do regime próprio ultrapassa R$ 135 milhões. Segundo a direção, o patrimônio líquido atual é suficiente para absorver o impacto enquanto as medidas judiciais tramitam.

O plano de contingenciamento inclui revisão dos processos internos, reforço da governança e habilitação jurídica dos créditos na liquidação extrajudicial. Como revelou o Jamildo.com, por se tratar de recursos públicos, a operação não é coberta pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

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