Cynara Maíra | Publicado em 15/04/2025, às 07h47 - Atualizado às 09h27
Após diminuir a força da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre as emendas impositivas, o governo Raquel Lyra (PSD) deve enfrentar nesta terça-feira (15) um novo momento de tensão com a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
Isso porque o secretário da Casa Civil, Túlio Vilaça, irá hoje prestar esclarecimento para o Legislativo Estadual.
O secretário de Raquel foi convidado pela Comissão de Justiça e de Finanças para uma audiência conjunta para esclarecer o pagamento das emendas impositivas de 2023 e 2024. O convite para Túlio foi divulgado em primeira mão pelo Jamildo.com.
Marcada para às 10h30, a reunião ocorrerá no Auditório Ênio Guerra e tem como antecedentes diversas críticas da oposição sobre a falta de regularidade na liberação dos recursos para os deputados.
Segundo o presidente da Comissão de Justiça, Alberto Feitosa (PL), nenhuma emenda do exercício de 2025 foi paga até o momento.
O próprio Vilaça afirmou, em contato com a imprensa, que fará um panorama detalhado dos pagamentos desde 2015.
O secretário deve apresentar um histórico comparativo e argumentar que parte do volume pendente foi reempenhado, mas aguarda complementações de documentação pelas entidades beneficiadas para ser distribuído.
Nos bastidores da Alepe, a avaliação é de que, apesar do recuo na votação da PEC das emendas — retirada da pauta após articulação da base governista — a relação com parte dos parlamentares continua instável.
Com o presidente da Assembleia, Álvaro Porto, como novo presidente do PSDB em Pernambuco e demonstrando apoio direto para João Campos, a relação entre a governadora e o Legislativo está em forte tensão.
O próprio Porto já apresentou diversas críticas à governadora, como o caso do atraso nas viagens dos alunos aprovados no programa Ganhe o Mundo.
Nesse cenário de pré-eleição, o presidente da Alepe tem incentivado as brigas com relação às emendas impositivas, levando o assunto à Justiça.
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