Jamildo Melo | Publicado em 19/07/2024, às 07h05
Logo depois da foto de Lula e João Campos, em Brasília, fechando o acordo para a indicação do vice Victor Marques, que entrou no PCdoB para se qualificar para a missão, a avaliação dos aliados do governo de Pernambuco, oposição ao prefeito socialista, foi de que João Campos levou no bico o partido de Lula.
"Victor Marques é 100% PSB. Quando passar a eleição, ele sai do PCdoB", afirmou uma fonte. "João (Campos) deu uma rasteira no PT"
Conforme a coluna eletrônica mostrou, a questão da vice de João Campos segue gerando ruído entre os petistas e os socialistas.
Informações dos bastidores dão conta da insatisfação de alguns membros do PT-PE com a decisão do partido em não ter nome próprio na disputa pela prefeitura da cidade. O ex-deputado Fernando Ferro é um dos que discordam dessa decisão e externou a posição publicamente.
O ardil das críticas do PSDB tem o objetivo claro de elevar a tensão entre os petistas e eventualmente colher frutos na corrida eleitoral.
O blog do Jamildo já contou qual a estratégia de Raquel Lyra contra João Campos, já em 2024? O jogo está armado. Raquel espera contar com o apoio de dois senadores.
Um deles é Eduardo da Fonte, do PP. Não é à toa que o deputado federal tem conquistado tanto espaço na máquina estatal. O outro seria Humberto Costa, do PT, que viabilizaria colar em Lula.
Dentro desta mesma estratégia, nas eleições deste ano, Raquel Lyra planeja ter três candidatos, para diluir o voto no socialista.
O ex-prefeito João Paulo, o deputado federal Tulio Gadelha e Daniel Coelho. Por ora, só Daniel se viabilizou. Não é mera coincidência, o primeiro a reagir contra a indicação de Victor Marques foi o hoje deputado estadual João Paulo, que ironizou a escolha.
Na esfera administrativa, os aliados contam que não vai ser tão fácil como os socialistas esperam. Raquel terá R$ 6 bilhões para gastar em obras. Até o arco metropolitano pode finalmente sair do papel. A conferir.
Pelo que se ouve e se observa, a oposição e os neo aliados de Raquel Lyra no PT trabalham para ao menos impedir uma vitória do socialista no primeiro turno, de modo a reduzir o eventual cacife do jovem gestor do Recife para 2026, caso saia mesmo para disputar o governo de Pernambuco.
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