Plantão Jamildo.com | Publicado em 13/06/2025, às 13h27 - Atualizado às 17h20
A prisão preventiva do ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL), nesta sexta-feira (13), como parte de uma operação da Polícia Federal por suspeita de tentar emitir passaporte português para o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, gerou reações distintas no campo político. Entre os opositores do bolsonarismo, o episódio foi tratado com seriedade e ironia.
Na Câmara do Recife, a vereadora Kari Santos (PT) resgatou um episódio de 2024, quando foi processada por Gilson após criticá-lo publicamente. Em vídeo publicado nas redes sociais, a parlamentar reagiu à prisão com sarcasmo. “Na sexta-feira 13, o sanfoneiro deixou de ser sanfoneiro pra ser prisioneiro. Me processa agora, Gilson Machado!”
Outra petista no legislativo da capital pernambucana, a vereadora Liana Cirne, fez alusão à simbologia da data, comparando o episódio ao filme de terror “Sexta-feira 13”. Em uma imagem compartilhada nas redes, ela colocou lado a lado Bolsonaro e o personagem Jason, com a frase: “O seu pesadelo está só começando.”
Já o deputado federal Pedro Campos (PSB-PE) adotou um tom mais contido, mas não poupou críticas à gravidade das suspeitas. Em entrevista à Rádio Folha, o parlamentar classificou como “surreal” a tentativa de Gilson Machado de obter um novo passaporte para o tenente-coronel Mauro Cid, peça-chave nas investigações.
“Se você está ali tentando arrumar um passaporte, que pode ser o caminho de fuga para Mauro Cid, isso configura obstrução de Justiça. Se tem obstrução, tem espaço para pedir prisão preventiva”, declarou.
Apesar de reconhecer que a prisão foi celebrada por parte da esquerda, Pedro ponderou. “Da minha parte não tem celebração. Prefiro ver isso com seriedade e lamentar tudo que aconteceu. Prisão é um mal necessário, mas não deixa de ser algo que nos entristece.”
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