A um ano das eleições 2026, políticos disputam espaço na chapa de João Campos

Cynara Maíra | Publicado em 06/10/2025, às 10h21 - Atualizado às 11h07

Marília Arraes, João Campos e Silvio Costa Filho participaram de evento do Solidariedade - DIVULGAÇÃO
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A um ano das eleições de 2026, um evento do Solidariedade no Recife, no último sábado (04), reuniu pré-candidatos ao Senado na chapa que deve ser liderada pelo prefeito João Campos (PSB).

Organizado por Marília Arraes (Solidariedade), o ato contou com a presença de Silvio Costa Filho (Republicanos) e um aceno de Humberto Costa (PT).

Com discurso de união em nome da aliança entre os envolvidos, Marília, Silvio, Humberto e Miguel Coelho (União Brasil) disputam duas vagas para o Senado na chapa de João. Apesar de já ter comparecido em diversos eventos com Marília e Silvio, mantendo-se afastado apenas de Humberto, Miguel não compareceu ao evento. 

No palco do evento, o tom foi de harmonia, João Campos destacou o valor da aliança: "Estar aqui hoje ao lado de Marília tem um valor especial, de poder estar junto, sonhar os mesmos sonhos".

Silvio Costa Filho reforçou o apoio ao prefeito, afirmando que "o projeto prioritário do Republicanos em Pernambuco é eleger João governador do Estado".

Marília Arraes pregou que "a vaidade de cada um tem que ficar no bolso" para construir um projeto coletivo, enquanto o senador Humberto Costa, que também busca uma vaga, participou de forma remota, enviando um vídeo em um gesto de aproximação.

A fala de Marília tem vínculo direto com o atual dilema da frente partidária ao lado de João Campos, já que a engenharia da chapa para o Senado tem quatro nomes interessados. 

Apesar de liderar algumas pesquisas, Marília Arraes enfrenta resistências. Segundo especulações no meio político, a ex-deputada não tem um partido com forte estrutura nos municípios, o que diminui seu poder de negociação.

Sua saída do PT em 2022, após divergências com Humberto Costa, a levou para o Solidariedade, legenda pela qual disputou e perdeu para a governadora Raquel Lyra.

Miguel Coelho, por sua vez, enfrenta um impasse dentro da federação formada por União Brasil e Progressistas, já que o presidente do PP, Eduardo da Fonte, também almeja a vaga, mas em uma aliança com a governadora Raquel Lyra.

Miguel também é o nome mais à direita da chapa, o que traria a vantagem de abrigar diferentes espectros ao lado do socialista, mas também poderia gerar impasses com os petistas que João Campos tenta manter ao seu lado. 

Humberto Costa seria o nome com maior facilidade de entrar na chapa, já que é prioridade do PT, partido que o prefeito do Recife quer manter em sua base, além de ter bons números nas pesquisas e já ser senador. 

Silvio Costa Filho tem um partido com 18 prefeitos e o endosso do presidente Lula (PT) para disputar a vaga, mas pouca notoriedade entre o público. 

A corrida pelo Senado em números

Uma pesquisa recente do Instituto Conecta, divulgada na última sexta-feira (3), ajuda a dimensionar o cenário. Marília Arraes lidera com 26% das intenções de voto no cenário principal. A

segunda vaga mostra um empate técnico entre os demais postulantes: Humberto Costa aparece com 10%, seguido por Anderson Ferreira (PL) e Eduardo da Fonte (PP), ambos com 8%, Miguel Coelho com 6% e Silvio Costa Filho com 3%. A margem de erro é de 2,78 pontos percentuais.

 

João Campos Silvio Costa Filho Marília Arraes

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