Exclusivo: TCE determina, pela segunda vez, que Raquel faça interdição e escoramento da Fábrica Tacaruna

Jamildo Melo | Publicado em 03/07/2024, às 06h41

Antiga fábrica está desabando, de acordo com auditoria do TCE - Divulgação
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A situação grave dos prédios do antigo conjunto da Fábrica Tacaruna já tinha sido noticiada recorrentemente pelo blog, ao longo dos anos.

Agora, após nova visita dos auditores do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o órgão constatou risco imediato de desabamento do prédio histórico.

O conselheiro Ranilson Ramos, relator do processo no TCE, expediu uma determinação para o Governo do Estado, em processo de medida cautelar.

A ordem é para a gestão Raquel Lyra (PSDB) executar, com urgência, a "interdição do prédio histórico da antiga Fábrica Tacaruna" e a "execução de serviços emergenciais de escoramento e estabilização das estruturas remanescentes do referido prédio, sobretudo nos trechos que estão na iminência de desmoronamento".

Segundo os auditores do TCE, o risco de desabamento é imediato.

"As constatações consignadas pela Área Técnica deste Tribunal no Relatório de Solicitação de Encaminhamento Imediato (doc. 03), bem como no Parecer Técnico (doc. 14), apontando uma situação grave de deterioração e precária manutenção e conservação do prédio da antiga Fábrica Tacaruna, imóvel tombado pelo Estado, que permanece abandonado e desprovido de segurança patrimonial, bem como com as estruturas remanescentes das fachadas completamente instáveis, inclusive parte já desmoronada e outras na iminência de desabar", diz o parecer técnico dos auditores do TCE.

A nova decisão do TCE foi assinada em 2 de julho e já foi enviada para a Secretaria Estadual de Educação.

Já é a segunda cautelar expedida pelo TCE para que a gestão Raquel Lyra adote providências sobre a Fábrica Tacaruna.

Em maio de 2023, o conselheiro Valdecir Pascoal determinou também "interdição em caráter de urgência do Conjunto Fabril da Tacaruna e à realização de serviços emergenciais para estabilizar a estrutura do prédio". Ou seja, as mesmas providências agora ordenadas, pela segunda vez, em julho de 2024. Valdecir Pascoal hoje é o presidente do TCE.