Clara Nilo | Publicado em 15/06/2025, às 10h43 - Atualizado às 10h57
Professores e professoras do Cabo de Santo Agostinho, em greve desde a segunda-feira (9), foram impedidos de acessar a Câmara Municipal na última quarta (11). A categoria, que afirma que pretendia realizar uma vigília pacífica, teria se deparado com os portões fechados por ordem do presidente da Casa, o vereador Anderson Bocão (PSB). A guarda municipal foi acionada para garantir a determinação.
O ato tinha como objetivo pressionar os vereadores contra o Projeto de Lei 1143, que propõe reajuste salarial de 3,5% a ser aplicado em 12 meses. Segundo o Sindicato dos Professores do Cabo (Sinpc), o percentual não cobriria nem mesmo a inflação e manteria a defasagem salarial acumulada em cerca de 40%, o que iria de encontro com os reajustes previstos pelo MEC.
Ainda na quarta-feira, o presidente da Câmara teria ligado para o presidente do Sinpc, Rodrigo Dantas, que interpretou a ligação como "intimidadora". Dantas criticou a postura de Bocão e reafirmou que a categoria seguirá com a reivindicação da abertura imediata da mesa de negociação com a Prefeitura.
“A atitude é absurda. Estamos buscando diálogo e respeito aos profissionais da educação”, afirmou o presidente do sindicato.
O pré-candidato ao governo de Pernambuco pelo PSOL, Ivan Moraes, prestou solidariedade à categoria e condenou a postura da gestão. “Meu repúdio à intimidação e à falta de sensibilidade com quem faz a educação”, declarou ele.
A vereadora e pré-candidata ao Senado, Jô Cavalcanti (PSOL), também se manifestou. “Não podemos mais normalizar a desvalorização. Todo apoio à greve e a quem faz a educação acontecer”, disse.
O PSOL de Pernambuco, em nota, cobrou o diálogo e reajuste digno por parte da gestão municipal.
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