Professores aprovados em concurso acusam Raquel Lyra de 'ironia e deboche'

Jamildo Melo | Publicado em 30/06/2024, às 07h47

Raquel Lyra, em Caruaru, neste fim de semana, visitando obras - Janaina Pepeu/Divulgação
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Em nota no perfil oficial da comissão de aprovados no concurso, os professores acusaram a governadora Raquel Lyra (PSDB) de supostamente usar de um tom de ironia e deboche ao anunciar, via redes sociais, a nomeação de novos professores aprovados no concurso de 2022.

Os professores questionaram os números dados por Raquel Lyra no vídeo, de nomear apenas 4 mil professores. Os aprovados reclamam que são 7 mil no cadastro de reserva e questionam se estes 3 mil a mais ficariam de fora.

Outro questionamento é que no dia 28 a governadora só teria nomeado, segundo o perfil, 152 professores. Segundo o perfil, as cidades do interior continuam esquecidas pela governadora. E o governo, ainda segundo o perfil, teria dito em audiência no Ministério Público que iria nomear de 2500 a 3000 professores no primeiro semestre, o que, segundo os aprovados, não ocorreu.

"Tem que nomear os 7 mil aprovados até agosto", cobra o perfil dos aprovados no concurso. O perfil afirma que, segundo o TCE, o gasto estaria supostamente irregular.

"A grande maioria dos contratos temporários vai encerrar em agosto", alerta o perfil.

"Em breve, divulgaremos novas ações em prol da nomeação de TODOS os professores e professoras aprovados!", informa o perfil, na rede social.

 

Nas redes sociais, a governadora comemorou as nomeações dos servidores e afirmou que o Diário Oficial desta sexta está "recheado de boas notícias". Mais de 630 novos servidores estaduais foram nomeados por ela nesta sexta-feira (28).

Conforme revelou o blog de Jamildo, no começo do ano, a polêmica teve início quando uma professora acionou o Tribunal de Contas de Pernambuco reclamando do excesso de temporários. A entidade  chegou a iniciar uma auditoria especial que iria avaliar a nomeação dos aprovados em concurso para o cargo de professor do Estado, constantes do cadastro de reserva.

O conselheiro Ranilson Ramos, relator do caso, assinou a abertura do trabalho na metade de abril depois de orientar que a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE) não renove, ou realize novos contratos temporários para a função de professor, salvo em casos excepcionais.

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