Cynara Maíra | Publicado em 01/11/2024, às 12h03
O processo de produção de energia renovável no arquipélago de Fernando de Noronha poderá ser ampliado pela Neonergia, empresa de abastecimento elétrico responsável pelo Estado de Pernambuco. A autorização do Ministério de Minas e Energia (MME) foi publicada nesta sexta-feira (01).
Com a permissão, o grupo poderá aumentar a geração de energia através de placas fotovoltaicas e armazenamento por baterias.
A solicitação para o MME tem vínculo com o projeto Noronha Verde, que planeja atingir 85% de descarbonização do local ao tirar a dependência da energia a diesel que ocorre no conjunto de ilhas. Caso consiga se concretizar, Noronha será a primeira ilha habitada na América Latina a atingir essa marca.
Essa é mais uma das etapas para alcançar a meta brasileira de transição energética, que visa substituir o consumo de combustíveis fósseis.
O desenvolvimento da produção de energia solar poderá auxiliar todos os consumidores brasileiros ao reduzir gastos da conta de energia. Isso porque a matriz energética gerada por diesel é subsidiada por uma tarifa inserida no pagamento de todos.
Durante a assinatura da portaria, o ministro do MME, Alexandre Silveira, citou que o plano irá impulsionar o processo de transição energética no país. Já Eduardo Capelastegui, CEO da Neonergia, explica que o projeto, além de diminuir as emissões, "permite reduzir peso de encargos e subsídios conferidos à energia gerada por combustível fóssil e que são pagos por todos os consumidores do país".
O plano é de que o projeto Noronha Verde comece a funcionar no início de 2027, com investimento de R$ 300 milhões. A iniciativa conta com o envolvimento do Ministério de Minas e Energia e a Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco.
Com a publicação da portaria que permite a ampliação da matriz energética fotovoltaica, a Neonergia tem 30 dias para apresentar seu plano de investimento no projeto.
A autorização permite que ocorra a instalação de uma estrutura híbrida, que capta energia solar, combinada a um banco de baterias.
A governadora em exercício, Priscila Krause (Cidadania) pontuou que "desde o início da gestão, estamos investindo no fortalecimento das fontes renováveis, que conversa com a nova economia. Nossa prioridade é que esta transição seja realizada de maneira eficiente, sustentável e promova justiça social e climática".
A ilha já sofreu diversos problemas por conta da baixa capacidade de abastecimento de energia. Em agosto, o Governo do Estado suspendeu o processamento de licenciamento ambiental de novos empreendimentos em Noronha, pela falta de capacidade energética do arquipélago para atender novas demandas.
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