Cynara Maíra | Publicado em 09/01/2025, às 11h44
A inadimplência dos recifenses diminuiu no final do ano de 2024, é o que indica o recorte local da Fecomércio-PE na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Em dezembro, o índice de inadimplência caiu para 26,1%, uma leve redução em comparação a novembro, quando estava em 26,9%. Na comparação anual, a queda foi de 16,7%, com 27.576 famílias deixando a condição de inadimplentes ao longo do ano.
O número de famílias que declararam não ter condições de quitar suas contas em atraso também caiu, com 12,5% em dezembro.
Essa movimentação está vinculada com recuperação gradual do mercado de trabalho e a estabilização do poder de compra em 2024.
Tais fatores contribuíram para aliviar o peso das dívidas sobre o orçamento familiar da população. Apesar disso, a pesquisa revelou que 30,3% da renda familiar, em média, continua comprometida com dívidas.
O cartão de crédito segue como o principal tipo de dívida para 93% das famílias, enquanto carnês (28,6%) e financiamentos habitacionais (6,5%) também aparecem como modalidades importantes no endividamento.
Para Bernardo Peixoto, presidente da Fecomércio-PE, os dados representam um cenário promissor.
“Embora o nível de endividamento ainda seja elevado, principalmente pelo uso do cartão de crédito, os dados indicam que o consumidor está se reorganizando financeiramente. Para os empresários, isso representa um cenário mais favorável em 2025, com expectativas de um consumo mais equilibrado e oportunidades de crescimento no comércio", afirmou.
Rafael Lima, economista da Fecomércio-PE, destacou a importância da continuidade da recuperação econômica para manter a melhora desses índices.
“O recuo na inadimplência, aliado à estabilidade no nível de endividamento em torno de 82%, demonstra o esforço das famílias em ajustar suas finanças. O cartão de crédito continua sendo um recurso essencial no orçamento doméstico. Contudo, a continuidade da recuperação do mercado de trabalho será crucial para manter esse equilíbrio em 2025", citou Rafael.
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