Jamildo Melo | Publicado em 12/09/2024, às 18h48
Por meio de uma nota oficial, a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) se manifestou contra o aumento da taxa de juros no Brasil.
"O país enfrenta, atualmente, um dos juros reais mais altos do mundo, um fator extremamente prejudicial para todos os setores produtivos. Esse cenário reduz os investimentos e aumenta o custo para tomada de crédito, impede o crescimento sustentável do país e reduz a competitividade das empresas nacionais no cenário global", afirma a entidade.
"A indústria, em particular, sofre as maiores consequências desse ambiente de crédito caro. Por possuir cadeias produtivas mais longas, o segmento é afetado pelo custo acumulado ao longo das etapas produtivas, o que encarece os bens finais e compromete a sua competitividade".
"Além disso, o setor produtivo vem sofrendo impactos de um desequilíbrio fiscal e elevação da dívida pública e não pode ser, mais uma vez, penalizado por um cenário macroeconômico desfavorável que impede a criação de um ambiente propício para investimentos".
A entidade empresarial destacou ainda que o Brasil está na contramão do mundo, ao subir os juros.
"Há, ainda, uma tendência mundial de redução das taxas de juros, especialmente após a recente redução das taxas nos Estados Unidos. Nesse contexto, é importante ressaltar que a inflação de agosto de 2024 foi negativa, reforçando que o aumento da taxa de juros não é justificado pelos indicadores econômicos atuais", observa.
"A FIEPE considera infundada qualquer pressão por um aumento da taxa de juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, programada para os dias 17 e 18 de setembro. Um eventual aumento seria danoso e poderia comprometer uma recuperação econômica em curso, um efeito muito mais prejudicial do que os benefícios no controle inflacionário. Os investimentos industriais, essenciais para a recuperação e crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), seriam gravemente afetados", avisa.
"É preciso encontrar um caminho estrutural para manter juros reais em níveis adequados e alinhados à realidade internacional. A indústria necessita de um ambiente econômico estável e favorável para investir, com melhores taxas de crédito, para gerar empregos e contribuir para o desenvolvimento do país".
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