Jamildo Melo | Publicado em 08/07/2025, às 10h00 - Atualizado às 11h16
O Sindicato da Construção Civil de Pernambuco (Sinduscon) fechou uma parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) em Pernambuco, com a ajuda da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), para a oferta de cursos de formação dentro dos canteiros de obras.
Camila Barreto, do Senai, revelou que uma pesquisa do órgão apontou que os trabalhadores não buscam desenvolvimento por falta de tempo. "Mais do que isto, 60% diz que nunca realizou uma única formação no setor"
Antônio Cláudio Couto explicou que a iniciativa visa ajudar as empresas do setor a médio e longo prazo, uma vez que há dificuldade de mão de obra em várias ocupações no setor.
"O trabalhador que entre como servente em uma obra, por exemplo, pode ter um plano de carreira", afirmou.
No caso, os novos profissionais são beneficiados por um programa de formação gratuita do Senai, destinada a pessoas de baixa renda.
Celso Soares, do Senai, contou que as empresas precisam apenas indicar um multiplicador, para conduzir o processo de formação, ao lado do capacitador do Senai.
Camila Barreto explicou que a empresa também define quanto da jornada de trabalho será dedicada ao curso de formação e quanto será trabalho normal. "Havendo necessidade, as empresas podem ir mais ou menos rápido com o treinamento"
Neste ano, serão quatro cursos de aperfeiçoamento profissional ofertados. Um deles para pedreiro de alvenaria e outro para pedreiro de acabamento e execução de revestimento de argamassa. Os outros dois cursos são armador de ferragem e carpinteiro de obras. Em 2026, outros cursos devem ser agregados.
"A escada é longa (para aperfeiçoamento da mão de obra) e estamos no primeiro degrau", afirma Érico Furtado Filho, ex-presidente do Sinduscon.
Não há um mínimo número de pessoas no canteiro de obras. Mas existe a necessidade de uma carga horária mínima, exigida pelo MEC.
O Senai informou que duas empresas já se inscreveram para as atividades, antes mesmo do lançamento oficial.
"Com o Bolsa Família, estamos perdendo pessoal. (muitos) não tem interesse em carteira assinada, não querem perder o pagamento do Bolsa Família, querem ficar avulsos, mas como somos legalistas, não podemos aceitar", declarou o ex-presidente do Sinduscon Érico Furtado Filho.
Conforme informou o site Jamildo.com, nesta mesma linha de fidelização, o Sinduscon lançou nesta segunda-feira um plano de saúde para trabalhadores da construção civil, em parceria com o SESI e a Fiepe.
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