CONAMI 2025: Palestra "Cidades Inteligentes" foca em inteligência artificial, segurança pública e povoamento urbano

Clara Nilo | Publicado em 29/10/2025, às 16h42 - Atualizado às 18h20

Jamildo Melo e a professora Stella Hiroki - Jamildo.com
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Nesta quarta-feira (29), ocorreu o primeiro dia do Congresso Nacional do Mercado Imobiliário (CONAMI), no Recife Expocenter. O evento contou com diversas palestras e painéis sobre inovação, polêmicas e tendências no mundo imobiliário.

Uma das palestras que se destacou no congresso foi a "Cidades Inteligentes - Uma perspectiva brasileira", realizada pela professora e pesquisadora Stella Hiroki. Durante a apresentação, a especialista apresentou o contexto em que tais cidades surgiram; as condições que a tornam de fato inteligentes; o uso de inteligência artificial e as tendências atuais; além de discutir formas de implementar o que chamou de "urbanismo social".

Hiroki explicou que o surgimento das Cidades Inteligentes aconteceu diante da mudança das experiências urbanas que os cidadãos passaram a poder vivenciar. Como exemplo ela apontou a energia elétrica, que possibilitou o uso de elevadores e, consequentemente, a verticalização das cidades. 

"As experiências mudam com a chegada da ciência no planejamento urbano. É a experiência urbana intermediada pela tecnologia", ressaltou ela. 

Ela continuou a explicar que existe uma "tríade do cenário para se ter uma Cidade Inteligente" e que, no Brasil, nenhuma pode ser considerada completamente "madura" nesse sentido.

A tríade é: 

Carta Brasileira para Cidades Inteligentes

A Carta é do Ministério de Desenvolvimento, do Governo Federal, e contém direcionamentos sobre o assunto. Porém, a professora apresentou as lacunas existentes na iniciativa.

Hiroki detalhou que o documento, apesar de necessário e descritivo, não "pega da mão" do gestor, ou seja, não apresenta o passo a passo para gestores de pequenas e médias cidades do Brasil - que são a maioria dos municípios existentes. 

Inteligência Artificial e o planejamento urbano

A professora apresentou o conceito do "modelo da caixa preta", que aponta que os modelos de inteligências artificiais não são totalmente transparentes. Além de "privados" nesse sentido, as i.as não são neutras e, por isso, reproduzem padrões que podem ser negativos. 

Por outro lado, essas tecnologias também podem ser utilizadas para que esses padrões sejam compreendidos e, assim modificados. 

"A partir do Big Data é possivel buscas soluções a curto e longo prazo, a i.a existe para isso", disse ela.

Programação do segundo dia do Congresso:

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