Como vai funcionar o Centro de Inteligência Artificial do Nordeste com a China

Jamildo Melo | Publicado em 02/12/2025, às 09h14 - Atualizado às 09h44

A vice Priscila Krause representou Raquel Lyra em encontro dos governadores do Nordeste - Américo Nunes/Vice-Governadoria
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O Nordeste deu, nesta segunda-feira (1º), o que as autoridade dizem ser um dos passos mais estratégicos da sua história ao lançar o Centro de Inteligência Artificial do Nordeste (CIAN), durante a Assembleia Geral do Consórcio Nordeste, em Teresina (PI).

A iniciativa marca o início de uma parceria inédita entre o Nordeste e a China, por meio da gigante tecnológica Huawei, consolidando a região como protagonista na transformação digital do Brasil e reforçando sua presença nos acordos de cooperação tecnológica Brasil-China.

Segundo os proponentes informaram ao site Jamildo.com, o CIAN funciona como um ecossistema virtual avançado, reunindo a capacidade operacional do Consórcio Nordeste e da Dataprev com a expertise global da Huawei. A iniciativa prevê transferência de tecnologia, codesenvolvimento e integração direta com centros de inteligência das universidades federais da região — UFC, UFRN, UFPB, UFPI e IFCE — transformando o conhecimento acadêmico em soluções de ponta para serviços públicos.

A ação tem apoio da Casa Civil e do Ministério da Gestão e Inovação (MGI) e coloca o Nordeste no centro das discussões sobre soberania digital e Indústria 4.0. O presidente do Consórcio e governador do Piauí, Rafael Fonteles, destacou que a parceria com a China representa “segurança tecnológica e ousadia estratégica” para que o Nordeste lidere a corrida da inteligência artificial no país.

Durante o evento, o Banco Mundial apresentou estudo reforçando o potencial do Nordeste para liderar a transição energética, impulsionando o conceito de powershoring e a atração de indústrias verdes.

Também foram divulgados os resultados da Chamada Nordeste, que destinará R$ 113 bilhões para 189 projetos estruturantes em áreas como hidrogênio verde, data centers verdes, bioeconomia e armazenamento de energia — o maior investimento industrial já registrado na região.

O CIAN nasce com cinco soluções (MVPs) aplicadas em saúde, educação, segurança, gestão pública e agro, e prevê a capacitação de 40 mil estudantes em IA até 2028, consolidando o Nordeste como polo tecnológico do Sul Global.

Nordeste China Huawei

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