Vereador aliado de Lula Cabral pede intervenção no Cabo

Paulo Farias do Monte | Publicado em 01/11/2024, às 09h49

Cabo de Santo Agostinho - Reprodução
COMPARTILHE:

Paulo Farias do Monte é advogado e vereador eleito do Cabo de Santo Agostinho.

Destacou a necessidade urgente de uma intervenção no Cabo de Santo Agostinho, devido ao caos, abandono e má gestão pública, especialmente dos recursos financeiros. Nos últimos quatro anos, a Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho bateu recordes negativos.

O primeiro recorde é o número de comissionados nomeados pelo prefeito Keko do Armazém (PP), que atingiu 951, inchando a máquina pública, principalmente em período eleitoral.

Outro recorde é a ausência de entrega das obras estruturais do município, cujos recursos já estavam garantidos antes do atual gestor assumir o mandato, ainda como projetos do ex e futuro prefeito Lula Cabral.

Durante o período eleitoral, surgiram problemas mais graves, como contratos de prestadores de serviços e bens sendo pagos por indenização.

Comenta-se que os assessores jurídicos efetivos não aceitam assinar os pareceres, e o próprio secretário de Assuntos Jurídicos os tem assinados para agradar ao prefeito, num ato doloso aos cofres públicos e aos princípios da boa administração pública.

Os gestores não providenciaram as licitações imprescindíveis para a continuidade dos serviços públicos essenciais. Na última semana antes da eleição, os fornecedores estavam desesperados em busca de pagamento para seus contratos na Secretaria de Finanças, com o "pires na mão" para receber algo.

Apesar do município ter recursos na ordem de R$ 1,1 bilhão, muitos contratos estão atrasados, inclusive as contas de água e luz, o que causou o corte do fornecimento de energia no Mercado Público Municipal, no Centro da cidade, na Estação da Cidadania e até no Centro Administrativo Municipal, que está prestes a ter o fornecimento de energia cortado pela Neoenergia, por falta de pagamento. As contas de água também estão em atraso.

Para calar os servidores, o prefeito Keko encaminhou e se esforçou para aprovar o PCCV dos servidores (que estão há quatro anos sem reajuste), porém, no mês de pagar as progressões, ele não o fez. Há recursos municipais, mas falta gestão.

>>> Inscreva-se em nosso canal do YouTube

Outro problema grave é a ausência de licitação para os serviços essenciais, como a limpeza pública, o que provavelmente causará a suspensão dos serviços terceirizados e de hospitais e escolas municipais. As academias da cidade estão sem manutenção e o contrato de locação dos equipamentos está em atraso. Os contratos que deveriam e poderiam ser prorrogados não foram.

É preciso que o Ministério Público local tome conhecimento desses fatos e, se já tem o conhecimento, que tome as providências urgentes. O prefeito eleito Lula Cabral já indicou os membros da transição, mas o vice-prefeito já declarou que não colaborará. A esperança de recuperação do município está nas mãos do prefeito eleito Lula Cabral.

É necessário que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) tome as providências. Não se sabe se a governadora Raquel Lyra, que apoiou a gestão desastrosa de Keko do Armazém e seu vice Arimateia Jerônimo (que acumula a função de secretário de Gestão), terá o espírito público de tomar as medidas necessárias, diante do desastroso aliado político.

A investigação sobre o que acontece no município é urgente. É preciso que uma intervenção seja decretada para que se tomem as providências necessárias para evitar que o tão massacrado e sofrido povo do Cabo sofra ainda mais por conta da irresponsabilidade e incompetência do prefeito Keko do Armazém e do seu vice José de Arimatéia Jerônimo (PT).

Cabo lula cabral Keko do Armazem

Leia também

Compesa avança em obras de saneamento no Recife


Amupe promove seminário para novos gestores em Gravatá; confira programação


Grupo se articula contra recondução de Gustavo Gouveia na mesa da Alepe