Cynara Maíra | Publicado em 11/11/2025, às 09h29 - Atualizado às 10h14
Duas iniciativas não-governamentais de Pernambuco estarão na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30), que ocorre em Belém do Pará até o dia 21 de novembro.
Com frentes distintas, o Grupo JCPM e a Rede Governança para Enfrentamento ao Racismo Ambiental (GERA) apresentarão seus projetos no evento internacional.
O Grupo JCPM apresenta o projeto de reflorestamento urbano privado feito no Pina, Zona Sul do Recife, enquanto a Rede Gera falará sobre soluções de adaptação climática feitas por comunidades periféricas.
Sediada pela primeira vez no Brasil, a COP-30 reúne delegações de 194 países para falar sobre o enfrentamento à crise climática e proteção do meio ambiente.
A apresentação do Grupo JCPM ocorrerá no dia 18 de novembro e falará sobe Projeto de Revitalização de Áreas Verdes (PRAV) feito no antigo aterro industrial na Bacia do Pina, ao redor do shopping RioMar Recife.
Segundo a empresa, o projeto iniciado em 2012 resultou no plantio de 686 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, como ipês, pau-brasil e aroeira. Hoje, a área de 2,53 hectares tem 75% de cobertura vegetal e uma taxa média de sequestro de carbono de 1,32 tonelada por hectare/ano.
A gerente de Sustentabilidade do Grupo JCPM, Thayara Paschoal, que fará a apresentação em um painel promovido pela ONG britânica Responding to Climate Change (RTCC), defende que a “regeneração ambiental deve se tornar o eixo transversal do planejamento urbano”.
O grupo também participa, no dia 19, de um painel sobre Comércio Sustentável, para falar sobre o uso de 100% de energia de fontes renováveis certificadas e o encaminhamento de 70% dos resíduos recicláveis da organização para cooperativas locais.
Pernambuco também terá a apresentação de iniciativas da Rede GERA (Justiça Climática nas Periferias). A delegação com mais de 20 instituições, coordenada pela InterCidadania e Gris Solidário, apresentará resultados de adaptação climática liderados pelas próprias comunidades.
As ações incluem hortas e cozinhas solidárias, o desenvolvimento de sensores de alagamento e formações em letramento climático.
O grupo, que conta com o apoio da Open Society Foundations, propõe na COP-30 o painel “Governança Climática de Base: soluções periféricas para a adaptação justa”, no qual defenderá um “novo pacto de método” que garanta financiamento que “chegue à base” e políticas públicas que “nasçam do território”.
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