ENTREVISTA: Áureo Cisneiros mantém paralização da Polícia Civil nesta quinta

Yan Lucca | Publicado em 11/06/2024, às 15h30

- Foto: Reprodução / Redes Socias
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O Blog conversou com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco, Áureo Cisneiros, que atualizou como andam as tratativas do sindicato junto ao governo do estado. 

Após cruzarem a agenda do sindicato com a agenda da governadora Raquel Lyra, em Bezerros, Áureo conversou brevemente com a chefe do executivo estadual, que sinalizou reabrir a mesa de negociações.

Porém, sem receber, até então, o ofício da secretaria de administração, Cisneiros garantiu que a agenda se mantém de pé, com ato em Caruaru, nesta quarta-feira (12), e uma paralisação de advertência de 24h, na quinta-feira (13).

"A gente [Policial Civil] ganha hoje o pior salário entre as polícias civis do país. O que os policiais querem é uma reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos... A gente, inclusive, é uma das melhores polícias civis do país, no entanto ganhando o pior salário", disse o dirigente.

Áureo também comentou os problemas estruturais enfrentados pela Polícia Civil do Estado. "Da gestão do governador passado [Paulo Câmara], que a governadora foi muito crítica na segurança pública, não mudou nada na polícia civil".

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Durante a entrevista, Áureo também comentou a crescente onda de violência no estado. "2023 foi extremamente violento. Nós tivemos mais homicídios aqui em Pernambuco do que no Rio de Janeiro. Nos primeiros cinco meses do ano passado, tivemos 1.468 homicídios. E nos nossos cálculos, nos primeiros cinco meses desse ano, 1.610 homicídios… Houve um acréscimo esse ano, em comparação com o ano passado", disse.

"Enquanto o governo não mandar o ofício, não notificar o Sinpol, nós vamos manter as nossas mobilizações aprovadas na última Assembleia Geral da categoria", garantiu o presidente do Sinpol-PE.

Serviços prejudicados com a paralisação da Polícia Civil

De acordo com a entidade, com a paralisação, alguns serviços serão mantidos pela Polícia Civil. Atendimentos de violência contra a mulher e flagrantes de ocorrências graves, como homicídios, latrocínios e estupros.

Serviços como emissão de identidade, liberação de corpos no IML (Instituto de Medicina Legal) e registro de Boletins de Ocorrências não estarão disponíveis, bem como não serão liberados efetivos para a realização de operações de repressão qualificada.

O que diz o governo do estado?

A reportagem entrou em contato com a Assessoria de Imprensa da SDS, porém, até a última atualização dessa matéria, não tivemos retorno.

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