Hospital da Restauração adota IA para revisar prescrições e reforçar segurança do paciente

Plantão Jamildo.com | Publicado em 03/12/2025, às 12h40

Parte do teto do quinto andar do Hospital da Restauração desabou com chuvas - Secretaria de Saúde
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O Hospital da Restauração (HR) Gov. Paulo Guerra, no Recife, iniciou o uso de uma ferramenta de inteligência artificial para apoiar a rotina da Farmácia Clínica. O sistema NoHarm avalia prescrições e emite alertas que auxiliam farmacêuticos em possíveis intervenções. É a primeira tecnologia do tipo adotada no maior hospital público de Pernambuco.

A equipe passou por treinamento no início do ano e começou a aplicar a plataforma inicialmente na UTI Adulto. Entre fevereiro e agosto, 85% das intervenções propostas pelos farmacêuticos foram acatadas pela equipe médica, contribuindo para ajustes de dose, revisão de medicamentos e economia de insumos. O sistema passou a operar também na UTI Pediátrica e na Unidade de Suporte Avançado em Neurocirurgia.

A gerente da Farmácia do HR, Lucidalva Cavalcanti, afirma que os alertas têm ajudado na identificação de incompatibilidades, interações medicamentosas e alterações em exames. Segundo ela, as análises são registradas no prontuário eletrônico, o que intensificou o diálogo com a equipe médica.

A partir das informações geradas pela IA, o farmacêutico realiza as intervenções necessárias, como ajuste de dose ou substituição do medicamento. Esses ajustes podem melhorar a resposta terapêutica e reduzir o tempo de internação”, disse.

O gerente de Tecnologia da Informação do HR, Saulo Bezerra, destaca que o sistema é monitorado continuamente e funciona apenas como apoio à decisão clínica. “A IA jamais toma decisões sozinha. Os alertas são avaliados pelos profissionais, e o sistema é atualizado para melhorar a precisão e reduzir o risco de erro”, afirmou.

Desenvolvida pelo Instituto de Inteligência Artificial na Saúde, a tecnologia NoHarm.AI analisa prescrições em tempo real e ajuda a evitar doses inadequadas, interações e duplicidades. Implementada pela primeira vez em 2020, a plataforma acessa dados do prontuário, como exames e comorbidades, e sugere ações aos farmacêuticos. Hoje, está presente em cerca de 200 hospitais do país, com acesso gratuito para unidades do SUS.

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