Yves Ribeiro: 'não sou obrigado a fechar com o PT-SB. Estarei com Raquel em 26'

Nesta quinta-feira, o site Jamildo.com revelou, em primeira mão, que a Executiva estadual do PT havia discutido e aprovado a expulsão do prefeito Yves Ribeiro da legenda.

Sob a alegação de infidelidade partidária, a decisão seria homologada neste sábado, pelo Diretório Estadual.

O desfecho já era esperado, na medida em que Yves Ribeiro recusou-se a marchar com o candidato do PT e PSB em Paulista, Júnior Matuto, preferindo pedir votos para o candidato de Raquel Lyra, o tucano Ramos.

Do ponto de vista político, a manobra era impossível porque Yves e Júnior Matuto são como água e óleo hoje em dia.

Nesta sexta feira, Yves Ribeiro antecipou-se à expulsão e pediu desligamento da legenda.

Em uma entrevista exclusiva ao site Jamildo.com, Yves Ribeiro explica a decisão, diz que não poderia votar no principal adversário local.

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Yves aproveitou para rechaçar a pecha de oportunista. Foi Cirilo Mota, presidente do PT Recife, que chamou Yves de oportunista.

"Eu sempre votei em Lula e em Miguel Arraes. Ajudei Haddad em 2018, quando revertemos a votação do primeiro turno em Paulista. Aliás, deixei o PSB quando o PSB decidiu apoiar o golpe para tirar Dilma do poder. Agora, não sou obrigado a fechar com essa corrente de Oscar Barreto, que eu chamo de PT-SB,", afirmou, criando um neologismo.

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Na fala, Yves diz ainda que votou em Ramos a pedido da governadora Raquel Lyra e por dever de gratidão.

"Na hora mais difícil, foi Raquel Lyra que me chamou no Palácio e deu apoio. O outro só botou para qebrar em mim. Por isto, como a principal liderança do litoral Norte, estarei firme com Raquel Lyra em 2026"

Nesta eleições municipais, na dobradinha com Raquel em sete cidades, de fato, Yves só levou bomba em Abreu e Lima, que elegeu um candidato do PSB. Venceu nas demais.

Aliás, na defesa do Litoral Norte, sempre esquecido se comparado com o litoral Sul, Yves revelou que, ainda no cargo, fez dois pedidos em especial à governadora. O principal deles foi a retirada das penitenciárias de Itamaracá, para uma retomada do turismo na região.

O outro foi ajuda para tirar do papel a engorda das praias de Paulista. Ele disse que Lula já lhe deu sinal verde.

E se Humberto Costa pular para o barco de Raquel, como ele ficaria com o PT?

Yves disse que é grato a Humberto Costa e Carlos Veras e que não tem briga com o PT, mas apenas com uma ala aliada a João Campos.

"O PT tem 45 anos. Eu tenho 48 anos de vida pública. Carlos Veras foi vítima do PT-SB, Mozart Sales chegou a deixar o governo federal, para ser vítima do PT-SB. Não sou obrigado a fechar com eles. Estarei firme com Raquel em 2026"

Por tudo isto, trata-se de mais uma movimentação no tabuleiro de 2026.  Coincidentemente ou não, vai ficar registrado na biografia de Yves que ele deixou o PT nesta sexta 13. Já é 2026 no calendário da política pernambucana.